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7 regrinhas básicas para terminar um relacionamento numa boa

Getty Images
Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

09/08/2017 04h00

Quando você quer dar um pé na bunda de alguém, é praticamente impossível poupar o sofrimento. Mas rompimento pode ser menos doloroso e (cruze os dedos!) fazer um bem para a outra pessoa. Estas sete sugestões vão ajudar você:

1. Não omita a verdade por dó

Apoie-se na honestidade ao revelar os motivos pelos quais está caindo fora. Por mais que a realidade seja dura, a franqueza das suas palavras vai minar, no outro, qualquer esperança de consertar as coisas ou de parecer que é apenas uma crise. Parece cruel, mas é o melhor para ambos.

2. Esqueça o clichê "O problema não é com você, é comigo"

Essa frase mais irrita do que conforta. E, convenhamos, se o problema incluísse, de fato, os seus sentimentos, o ideal seria mostrar suas dificuldades de forma clara e buscar o apoio do outro para resolverem tudo juntos, em vez de cair fora. Desse jeito, parece que você não se importa nem um pouco com a relação. Em geral, essa desculpa antiquada é uma forma de não ter que falar a verdade. Por exemplo, que o amor terminou. Mostre maturidade e fale a real.

3. Aponte atitudes chatas em vez de criticar a pessoa

Ao justificar o fim, evite magoar o outro com um monte de acusações e julgamentos. Por mais que você esteja de saco cheio e queira cair fora, não tem necessidade. Tenha consideração por quem esteve ao seu lado até então. Explique o que vinha aborrecendo você e dê o devido peso às atitudes repetitivas (principalmente as que você já havia sinalizado) e que, de tão incômodas, levaram à decisão de romper. Assim, você ajuda a pessoa a ter consciência de que certos comportamentos podem afetar futuras relações.

4. Não espere o momento certo se for insuportável para você

Há quem, na tentativa de ser legal, adie o rompimento até a passagem de uma data significativa (aniversário, por exemplo) ou momento difícil, como a perda do emprego. Acredite: isso não é ser legal com a pessoa nem com seus sentimentos. Como seguir adiante quando não se consegue nem mesmo escutar a voz do outro? Como esperar para viver um novo amor ou mesmo para sentir de novo o gosto de estar livre? Qualquer ocasião vai causar dano, não importa qual. Se resolveu terminar, encerre a história de uma vez.

5. Não sugira serem amigos se você não quer isso

Dizer que deseja preservar amizade apenas para confortar não faz bem nenhum ao outro. Mas se você quiser, mesmo, transformar o vínculo, avise que não há chance de retomar o romance. E se quiser que a pessoa vire a página logo, não dê falsas esperanças. Quando alguém está apaixonado, pode aceitar o argumento de substituir o amor por amizade como um subterfúgio para manter a proximidade e ir tentando a reconciliação. Isso só faz com que ela não avance, pois continuará alimentando uma falsa expectativa.

6. Termine ao vivo e em cores

Romper por telefone, WhatsApp ou qualquer outro meio que não seja cara a cara é desrespeitoso. Coloque-se no lugar da pessoa: você gostaria de receber um cartão vermelho através de uma mensagem fria? É impossível não se sentir totalmente descartável quando uma relação é rompida dessa maneira. Claro que há situações específicas, os casais que se relacionamento a distância. Aí, muitas vezes, somente a escrita ou uma conversa telefônica vão resolver o problema. Ainda assim, dá para fazer um olho no olho por Skype ou Facetime.

7. Ouça o que a outra pessoa tem a dizer

Mesmo que você esteja irredutível sobre o fim, ouça o que a outra pessoa tem a dizer. Primeiro, para provar mesmo sua convicção. Há o risco de a emoção da outra pessoa balançar sua decisão --e tudo bem. É o momento de rever ou não suas escolhas. Segundo, por respeito. Se você teve a chance de falar o que quis, precisa saber escutar. A outra pessoa pode ter uma percepção diferente da sua. É uma oportunidade de ser humilde e aprender com os erros que, talvez, você nem tenha se dado conta que cometeu.

FONTES: Poema Ribeiro, psicóloga e terapeuta, e Yuri Busin, psicólogo e diretor do CASME (Centro de Atenção à Saúde Mental Equilíbrio), de São Paulo (SP)