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Dia da Menina: Conheça 5 garotas que estão mudando o Brasil e o mundo

do UOL, em São Paulo

11/10/2017 11h37

Nesta quarta, 11 de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Menina. Para celebrar, reunimos as garotas que já estão mudando o nosso país e o mundo. Conheça o trabalho delas:

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Malala Yousafzai

Vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, a paquistanesa (na foto acima) é uma ativista pela educação das garotas — que, no seu país, eram impedidas de estudar pela pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã — ao redor do mundo. Educada a princípio pelo pai em casa, ela começou a reclamar pelo seu direito de estudar em grupos locais em 2008, aos 11 anos. No mesmo ano, sua voz seria reconhecida e ela se tornaria blogueira da BBC local, escrevendo sob um pseudônimo.

Seu trabalho despertou a ira dos extremistas e Malala sofreu um atentado em 2012, quando foi baleada em um ônibus a caminho de uma prova no colégio. Ela sobreviveu, escreveu o livro "Eu sou Malala", foi premiada pelo ativismo no mundo todo e hoje cursa o primeiro semestre de Filosofia, Política e Economia na Universidade de Oxford.

Jazz Jennings

Aos 17 anos, a americana trans Jazz Jennings é uma das vozes mais poderosas do ativismo LGBTQ da atualidade. Ela ficou conhecida depois de dar uma entrevista para a apresentadora Barbara Walters com apenas 7 anos, falando claramente sobre sua identidade de gênero. Em 2011, o documentário "I Am Jazz: A Family in Transition" mostrou sua transição na tevê americana. Quatro anos depois, um reality de nome semelhante, "I Am Jazz", retrataria sua rotina como adolescente trans. As muitas passagens na tevê foram intercaladas pelo seu livro infantil também "I Am Jazz" e pela criação de seu próprio canal no Youtube, onde ela se tornou um ícone e inspiração para muitos adolescentes em transição ao redor do mundo.

Ela já foi considerada uma das 25 adolescentes mais influentes do mundo pela revista "Time" (em 2014), participou de inúmeras campanhas, venceu prêmios importantes de representatividade como o GLAAD Media Awards e trabalha junto aos pais na TransKids Purple Rainbow Foundation, criada por eles, para auxiliar a juventude transgênero.

MC Soffia

Aos 13 anos, a paulistana MC Soffia empodera meninas negras cantando e se manifestando contra o racismo. Aos 6 anos, ela participou de uma oficina de hip-hop influenciada pela mãe, a produtora cultural Kamilah Pimentel, e hoje já se arrisca a compor sozinha. Em suas músicas, como "Menina Pretinha", ela entoa: "Vou me divertir, enquanto eu sou pequena. A Barbie é legal, mas eu prefiro a Makena", se referindo à boneca de pano negra criada por Lucia Makena.

Ela é, atualmente, a pessoa mais jovem a se apresentar em uma cerimônia olímpica no mundo todo, já que subiu ao palco no Rio em 2016. Além de fazer sucesso nas redes e ter se apresentado com grandes nomes do estilo como Racionais MC's e Karol Conka, Soffia foi a vencedora do Prêmio Claudia 2017, a maior premiação feminina da América Latina, como mulher inspiradora da categoria "Revelação".

Isadora Faber

Há quatro anos, quando tinha apenas 13, Isadora Faber iniciou a página no Facebook "Diário de Classe". Lá, ela denunciava a precariedade do sistema de ensino na escola pública onde estudava, em Florianópolis. Através da plataforma, ela começou a debater o engajamento social e a reconstrução do ambiente escolar, convocando mobilizações dos responsáveis pela escola. Mas, assim como Malala, Isadora e sua família sofreram agressões físicas e verbais por causa de suas denúncias.

No entanto, ela não parou: foi eleita pelo jornal "The Financial Times" como um dos brasileiros mais influentes do país no ano seguinte, lançou um livro "Diário de Classe - A Verdade", em 2014, fundou uma ONG que leva seu nome para desenvolver projetos educacionais, dá palestras e planeja estudar relações internacionais, como revelou à "Folha".

Sarah Gale (Girl Up)

Sarah Gale, ativista da "Girl Up", organização das Nações Unidas - Divulgação/ONU - Divulgação/ONU
Sarah Gale, ativista da "Girl Up", organização das Nações Unidas
Imagem: Divulgação/ONU

Com 19 anos, a americana de origem colombiana Sarah Gale é uma ativista pelo combate à pobreza e criação de oportunidade para garotas. Ela foi co-presidente do grupo de conselheiras adolescentes da organização das Nações Unidas "Girl Up" entre os anos de 2013 e 2014, quando tinha apenas 16 anos. Na época, viajou em missão à Cartagena, terra natal de sua mãe, para auxiliar garotas vivendo em situação de pobreza.

Hoje no primeiro ano do curso de música na universidade de Yale, nos EUA, ela é co-presidente da sede local da "Girl Up" na instituição. Sarah coordena esforços para aumentar oportunidades de acesso à educação para garotas em países onde o acesso à segurança ou aos serviços de saúde são precários. Entre eles, estão Índia, Malauí, Guatemala e Uganda.