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Inversão de papéis no sexo: pessoas que curtem contam suas experiências

Di Vasca/UOL
Imagem: Di Vasca/UOL

Thais Carvalho Diniz

Do UOL, em São Paulo

24/10/2017 04h00

Do desejo feminino de ver o parceiro vestindo uma calcinha ao prazer o do homem ao explorar a própria sexualidade de um jeito diferente: a inversão de papéis no sexo pode surgir de ambos os lados. Protagonizado pela cinta peniana, que tem um pênis artificial acoplado, o fetiche faz parte da vida de casais heterossexuais que buscam novas sensações sexuais. Em suma, na prática, o homem é penetrado pela mulher. 

Apesar de parecer incomum, uma pesquisa com mais de 4.000 usuários da rede social Sexlog revelou que 43% já praticaram a inversão e 54% têm vontade de experimentar. Apenas 3% dos participantes não demonstra interesse. O UOL conversou com quatro casais que praticam a inversão. Leia os relatos.

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"Gosto de dominá-lo. É um prazer inexplicável"

"Estamos casados há quatro anos e praticamos a inversão há três. Fazemos sempre que estamos a fim. A cada três vezes que transamos, em uma eu 'pego ele'. É um prazer inexplicável penetrar meu marido com o meu brinquedinho. E o Silva adora. Eu tinha curiosidade por ouvir falar da prática, e quando o conheci, o desejo ficou mais intenso, porque sempre conversamos abertamente sobre sexo e fantasias. Algumas vezes, quando eu não quero penetração, ele só me masturba. Gosto de dominá-lo, alisar o ânus dele... Dá muito tesão! Tenho orgasmo na inversão também. E como!). Mas é um prazer diferente de quando fazemos o sexo tradicional, outra intensidade". Fernanda, 44, sobre o relacionamento com Silva, 40.

"O ânus é um ponto sensível e faz o prazer durar mais"

"Minha mulher tinha a fantasia de me ver usando calcinha. Quando ela me disse e eu realizei o desejo dela, a nossa relação melhorou muito, até mesmo a confiança para tratar assuntos relacionados ao sexo. Um tempo depois, durante uma transa, ela tocou meu ânus com os dedos e, confesso, fiquei meio sem reação. Conversamos sobre a inversão, e cheguei dizendo que não faria. Depois ela mostrou alguns vídeos, resolvi ceder e acabei gostando. Isso foi há quatro anos. Desde então, acontece cerca de três vezes por semana. Também usamos plugs vibratórios e abusamos do beijo grego. O ânus é um ponto muito sensível e isso faz com que o prazer dure mais tempo. Consigo ficar com o pênis ereto logo depois de ejacular, por exemplo, algo que não dá em um sexo tradicional. As pessoas negam esse tipo de prática por puro machismo". Marcelo, 31, sobre a relação com Marcia, 27.

"Eu me sinto realizado quando uma mulher me domina"

"Começamos a fazer inversão com dois meses de namoro. Rola todo dia. A Sandra conheceu a prática comigo e eu ensinei passo a passo. Hoje, dois anos depois, ela domina bem o assunto, não fica com medo ou nojo de fazer de fazer nada. As coisas entre nós acontecem na maior naturalidade possível. Eu me sinto realizado quando uma mulher me domina. Sinto-me como um objeto sexual. E eu gosto disso. Também praticamos outras formas de humilhação, usando algemas, chicotes e consolos, além da cinta peniana e as bolinhas tailandesas. Eu vivo para dar prazer para ela". Roberto, 33, sobre a relação com Sandra, 41.

"É impressionante ter orgasmo sem ao menos tocar o pênis"

"Eu já praticava inversão antes de iniciar o meu atual relacionamento. A Silvana, minha parceira há nove anos, ficou sabendo sobre isso durante uma conversa nossa sobre sexo, porque sempre falamos abertamente a respeito. E um dia ela disse que queria experimentar. Fazemos pelo menos duas vezes por mês e tem dia que apenas ela é ativa. Acontece sem cobranças, naturalmente. Mudou a minha vida sexual, pois nunca tinha imaginado sentir prazer assim e muito menos vê-la sentir por fazer a inversão. Foi inusitado para ambos. Tornou-se essencial para a nossa satisfação sexual. É impressionante conseguir ter o orgasmo sem ao menos tocar o pênis. Você não acredita quando acontece a primeira vez, e vira um vício", Lopez, 60, sobre o relacionamento com Silvana, 47.