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Ela levou ouro nas Olimpíadas e não acreditou. Seria síndrome de impostor?

Ester Ledecka comemora vitória no Super-G - Martin Bernetti/AFP
Ester Ledecka comemora vitória no Super-G Imagem: Martin Bernetti/AFP

do UOL, em São Paulo

18/02/2018 16h07

Depois de desbancar as favoritas no esqui alpino super-G, a tcheca Ester Ledecka levou o ouro na modalidade e achou que havia acontecido algum erro com a marcação de tempo. É isso mesmo, a atleta conquistou o primeiro lugar e, ao invés de celebrar, duvidou que teria ganho.

Pode parecer engraçado, mas mostra que ela, como muitas outras mulheres, sofre da chamada síndrome de impostor.

A pessoa se sente uma fraude

O termo, criado na década de 70, é usado para falar das pessoas que não conseguem reconhecer o próprio sucesso e tendem a acreditar que são uma farsa.

“Trata-se de um comportamento perceptivo distorcido. Todos reconhecem uma habilidade naquela pessoa, mas ela mesma não consegue enxergar valor no que faz”, explicou ao UOL o psicólogo Nicodemos Borges, especializado em terapia comportamental e cognitiva pela USP.

Quem sofre com a síndrome, tende a duvidas de suas conquistas não são reais ou achar que se devem ao mérito de outras pessoas.

Celebridades como Emma Watson, Kate Winslet e Natalie Portman já alegaram sofrer com o problema.

Em seu livro "O medo secreto das mulheres de sucesso", a norte-americana Valerie Young defende que a questão é mais comum entre mulheres, devido à forma como são socializadas para duvidar da sua capacidade. No entanto, a síndrome de impostor é comum também entre homens.