"Depois que terminei a relação, ele passou a me perseguir o tempo todo"
"Nunca pude imaginar viver o que estou vivendo… Namorei um cara durante seis meses. No início, estava apaixonada; tínhamos uma boa relação amorosa. Mas, aos poucos, ele foi deixando à mostra um outro lado, às vezes ríspido, com volume de voz alto muitas vezes. No dia seguinte a uma discussão, quando eu tinha dormindo na casa dele, esperei que saísse para o trabalho e caí fora. Ele então não me deu mais sossego; me persegue o tempo todo. Me liga dezenas de vezes por dia, fica na porta do meu trabalho esperando eu sair, me segue a alguma distância, enviava um número absurdo de mensagens. Não aguento mais, mas não adianta eu ir à polícia, porque não tenho nada pela lei que o criminalize."
***
Este é um caso de stalking, que significa espreitar furtiva e persecutoriamente, como se faz com a caça. Stalking é um comportamento que recebeu atenção nacional nos EUA, onde aprovaram legislação anti-stalking. Suas vítimas sofrem muito. Um terço delas necessita tratamento psicológico.
O medo se origina de importunações infligidas por tais perseguidores (stalkers), inclusive telefonar repetidamente para as vítimas em casa e no trabalho, tocar a campainha, inundar as vítimas de flores, pular inesperadamente das moitas, bombardear as vítimas com insultos e súplicas verbais, e em geral segui-las por toda a parte.
A grande maioria dos stalkers já esteve envolvida romanticamente com suas vítimas. J. Reid Meloy, psicólogo especializado em medicina legal, concluiu que o stalking poderia ser definido como "um comportamento anômalo e extravagante, causado por vários distúrbios psicológicos (narcisismo patológico, pensamentos obsessivos etc), nutridos por mecanismos inconscientes como raiva, agressividade, solidão e inaptidão social, podendo ser classificado como patologia do apego".
O que se sabe é que, diante de uma recusa da parte contrária, ou movido pelo desejo de proximidade, um stalker desenvolve uma habilidade incomparável para "elaborar estratégias repetidas e indesejáveis só para manter contato: suas ações são tão exageradas (telefonemas e mensagens numerosas e incansáveis, por exemplo) que fazem com que a vítima sinta medo e angústia", diz Meloy.
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