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Atriz e namorada do príncipe Harry sofre preconceito por ser birracial

Meghan Markle comparece ao jantar da revista "Elle" para homenagear as mulheres da TV americana - Getty Images
Meghan Markle comparece ao jantar da revista "Elle" para homenagear as mulheres da TV americana Imagem: Getty Images

Do UOL

21/03/2017 13h03

Após escrever um relato sobre o racismo que ela e sua família sofreram, a atriz Meghan Markle, estrela do seriado americano "Suits" e namorada do príncipe Harry, falou à revista "Allure" sobre como é ser birracial [seu pai é branco e sua mãe é negra] em Hollywood. Segundo a atriz, muitas vezes, as pessoas não sabem sua etnia durante os castings, além de, durante o processo de maquiagem, deixarem sua pele mais branca e apagarem suas sardas.

“Tenho memórias vívidas de quando tinha sete anos de idade e minha mãe me pegava no colo na casa da minha avó. Um dégradé do café ao caramelo. Lembro desse sentimento de pertencimento, que não tinha nada a ver com a cor da minha pele”, fala.

Foi quando Markle saiu de casa que esse "conforto familiar" teve um fim. "Comecei uma aula de estudos afro-americanos e aprendi sobre colorismo [discriminação pela cor da pele]. Foi a primeira vez que eu consegui colocar um 'nome' no sentimento de ser muito 'branca' para a comunidade negra e muita 'negra' para a comunidade branca. Nos castings, eu entrava na categoria “etnia ambígua”, o que eu era? Latina? Judia?”, fala.

E não foi só o amor a cor da sua pele que fez Meghan se pronunciar sobre racismo, ela também já foi contra apagarem suas sardas durante os ensaios fotográficos. "Hoje em dia, uma das coisas que mais me deixa irritada é apagar minhas sardas em uma sessão de fotos", fala. Para quem não gosta de assumir suas marquinhas, a atriz dá um conselho que ouviu do pai quando era mais jovem: “Um rosto sem sardas é uma noite sem estrelas”.