Separações ocorrem porque a união não deve mais exigir sacrifícios
Até o amor entrar no casamento, por volta de 1940, praticamente não havia separações. Elas só começaram a ocorrer quando as expectativas a respeito da vida a dois mudaram. Antes, bastava o marido ser provedor e respeitador; a esposa, boa dona de casa e boa mãe.
Ninguém então se decepcionava e, portanto, não se pensava em separação. Quando a escolha do cônjuge passou a ser por amor, o casamento ganhou um novo significado: realização afetiva e prazer sexual. Se isso não ocorre, as pessoas se separam.
Antes dos anos 70, as causas que provocavam a dissolução do casamento eram atribuídas principalmente a um dos cônjuges. Geralmente, a alternativa para a separação, considerada um remédio extremo para um mal irremediável, era a de aguentar passivamente uma situação intolerável na vida conjugal.
Hoje, esse fenômeno é mais aceito em todos os níveis e as separações amigáveis mais frequentes. Podem ser considerados suficientes para justificar o rompimento do vínculo conjugal a perda da intensidade da emoção, a insatisfação sexual, o fim do prazer de estar juntos, a perda da capacidade de comunicação.
A autorealização das potencialidades individuais passa a ter outra importância, colocando a vida conjugal em novos termos. Acredita-se cada vez menos que a união de duas pessoas deva exigir sacrifícios. Observa-se uma tendência a não se desejar mais pagar qualquer preço apenas para ter alguém ao lado.
É necessário que o outro enriqueça a relação, acrescente algo novo, possibilite o crescimento individual. O casamento pode se tornar então um pesado fardo, pois dificulta a realização do projeto existencial com suas metas individuais e independentes até das relações pessoais mais íntimas.
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