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O crush está muito nervoso? Estresse do parceiro pode afetar seu cérebro

Estresse do parceiro pode fazer com que você também fique nervoso - iStock
Estresse do parceiro pode fazer com que você também fique nervoso Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

15/02/2018 19h02

A gente pode imaginar que o estresse dos outros é contagioso e afeta nosso humor. Muitas vezes, basta o parceiro estar revoltado, querendo discutir a relação, para o sangue e o estresse subir, você deixar a tranquilidade de lado e acabar a conversa querendo chutar o pau da barraca. 

Mas será que a tensão alheia também pode afetar áreas do nosso cérebro --como faz no da pessoa que está explodindo de tensão? Essa foi a pergunta que os cientistas da Universidade de Calgary, no Canadá, buscaram responder em uma pesquisa publicada na Nature Neuroscience

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Para isso, eles pegaram um feliz casal de camundongos, deixaram um dos animais levemente estressado e depois devolveram ao seu parceiro. Sim, os pesquisadores acabaram com a paz no relacionamento dos bichinhos em nome da ciência.

Em seguida, os cientistas examinaram o comportamento de um certo grupo de neurônios no hipocampo. Os resultados mostraram que os circuitos neuronais de ambos os camundongos estavam estressados, ou seja, os animais que só observavam o estresse no parceiro foram afetados da mesma maneira que aqueles estressados propositalmente.

“Os neurônios que controlam a resposta do cérebro ao estresse mostraram mudanças em parceiros não estressados que eram idênticas as que medimos nos camundongos estressados”, disse um dos autores do estudo, Toni-Lee Sterley, ao site Medical News Today.

Além disso, os pesquisadores descobriram que a ativação desse grupo de neurônios fez com que os ratos liberassem um produto químico que eles apelidaram de “feromônio de alarme”. A tese é que o tal sinal seja responsável por alertar o parceiro ou outros membros do grupo de que o estresse está rolando.

Anteriormente, médicos acreditavam que essa transferência de estresse era algo que só acontecia com seres humanos, mas a pesquisa mostrou que o ato não é exclusivo e é uma característica biológica conservada evolutivamente.

E para as mulheres há uma boa notícia! A última descoberta do estudo foi que camundongos fêmeas que haviam sido estressadas por contágio podiam ter as mudanças cerebrais revertidas se passassem mais tempo com parceiros tranquilos. No entanto, os homens estressados não se beneficiaram de estar em torno de uma parceira livre de tensão.

"O fato de alguns dos efeitos do estresse serem apagados por meio de interações sociais, mas esse benefício ser limitado às mulheres, pode fornecer informações sobre como nós concebemos abordagens personalizadas para o tratamento de distúrbios de estresse em pessoas", afirmou Jaideep Bains, outro autor do estudo. 

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