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Um manual para te ajudar a comprar melhor


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O que você deve levar em conta ao comprar café no supermercado

Marcia Albuquerque/VivaBem
Imagem: Marcia Albuquerque/VivaBem

Thais Szegö

Colaboração para o VivaBem

16/04/2018 04h00

O café é a bebida mais popular do Brasil, depois da água. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ingestão média por aqui fica entre 4 e 5 xícaras diárias. Quanto maior a quantidade de cafeína, melhor será a diminuição de fadiga. Porém, para o bem da saúde, é importante manter o consumo de cafeína abaixo de 400 mg por dia.

Abaixo, fizemos um levantamento de dicas importantes para que você escolha o melhor produto para levar para casa.

Opte pelos empacotados a vácuo

Em termos de qualidade do produto não há diferença, mas dessa forma o pó fica mais bem conservado até o momento da abertura, pois o vácuo evita a sua oxidação que o deixa com um sabor rançoso. Outra dica importante é comprar uma quantidade que pode ser consumida em poucos dias após o contato do café com o ar. É importante também fechar bem o pacote após o uso e guardá-lo protegido da luz.

Qualidade das cápsulas é similar ao pó

O pó vendido em cápsulas é similar ao presente nos outros tipos de embalagem. Elas seguem a mesma lógica dos outros tipos de café: quanto mais informações sobre o produtor ou a empresa que está vendendo o produto, melhor.

Verifique se não há furos na embalagem

Na hora da compra comece observando a data de validade e, em seguida, se a embalagem está perfeita. As do tipo almofada podem ficar um pouco estufadas, mas se não houver fissuras ou furos, não há problema, é apenas um sinal de que o alimento foi embalado depois de ter ficado pouco tempo descansando.

Cada produto tem o seu blend (mistura) de grãos
No caso das marcas vendidas em supermercado, as empresas criam as suas próprias misturas que nem sempre são detalhadas no rótulo. Marcas com maior padrão de qualidade fornecem mais informações na embalagem. No caso das que são associados à Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), é possível ver no selo da Associação a classificação das categorias --tradicional, superior e gourmet, em ordem crescente de qualidade, respectivamente.

Os cafés estão disponíveis nas versões tradicional, forte, extraforte e descafeinado.

A intensidade do pó não corresponde à quantidade de cafeína

Costumamos associar os tipos forte e extraforte de café com maior concentração da substância. Mas, se estivermos nos referindo aos produtos vendidos nos supermercados e não a aqueles encontrados em lojas especializadas, essa relação está incorreta. Nesses casos, o que deixa a bebida mais forte é a sua torra, ou seja, quanto mais intensa ela for, mais torrada e, por tabela, mais amargo é o sabor.

O tipo extraforte nem sempre é um bom negócio

Quando o grão é muito torrado, há o risco de ele perder parte dos seus nutrientes e até mesmo uma porção da sua cafeína, especialmente se o processo de fabricação não for muito cuidadoso. Outro fator que pode pesar contra o café muito forte é que a maioria das pessoas que usa o açúcar para adoçá-lo acaba pesando a mão para combater o amargor e isso também conta muito contra a saúde. Mas se você é fã do sabor mais intenso, pode continuar apostando nesse tipo de café, mas opte sempre pelos produtos de marcas conhecidas.

O descafeinado é recomendado para alguns casos em especial

Para receber essa denominação, o produto precisa ter mais de 97% da sua cafeína retirada e ele é mais indicado para a turma que sofre com insônia, agitação, ansiedade, hipertensão, problemas de coração e grávidas. Na dúvida, consulte seu médico ou nutricionista.

Procure os selos

O da Abic garante que o produto está livre de impurezas e que a empresa é auditada para garantir as boas práticas de fabricação. Para se certificar da sua qualidade, é interessante procurar também outro selo, o da Bsca (Associação Brasileira de Cafés Especiais), que é dado aos alimentos que passam no crivo da instituição quando ainda estão crus.

Cuidado com as opções com preço muito baixo

A origem do café diz muito sobre ele. Por isso, se possível pesquise um pouco sobre ela antes da compra ou opte por marcas conhecidas. E sempre desconfie dos que estão muito baratos. Além disso, cheque a data da torra, pois um grão torrado ou moído há muito tempo tem mais chances de oxidar e ficar com o sabor desagradável. Se essa informação não estiver disponível, dê uma olhada na validade e prefira o produto que vai demorar mais para vencer. E vale ressaltar que, se comprar os grãos e moê-los em casa, é melhor, já que a moagem será mais recente. Nas prateleiras dos supermercados, no entanto, não há tantas opções de grãos inteiros para comprar.

Mapa do rótulo

  • Intensidade do sabor, tradicional, forte ou extraforte;
  • Origem, se o produto for de alguma região em especial;
  • Se é descafeinado ou não.

No contra-rótulo:

  • Muitas vezes, é nessa parte que são colocados os selos de pureza e qualidade;
  • Data da torra ou da validade: prefira os produtos que foram torrados há menos tempo ou os que vão demorar mais para vencer.

Informações nutricionais

  • Porção de 15 ml (colher de sopa)
  • Valor energético: zero
  • Carboidratos: zero
  • Gorduras totais: zero
  • Fibra: zero
  • Sódio: zero

Fonte consultada: Ensei Neto, engenheiro químico com especialização em tecnologia de alimentos, considerado um dos maiores especialistas em café do país.

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