Alguns momentos esquisitos para querer namorar
Um dos episódios mais ridículos da minha vida de solteira foi a vez em que estava subindo uma ladeira contra um vento frio de cortar o rosto, olhei para o lado e vi uma vitrine de lingeries. Entre mil sutiãs, camisolas e tangas sexy, o que me chamou a atenção, mesmo, foi um pijama flanelado que parecia super quentinho e confortável.
As lingeries me fizeram lembrar da abstinência sexual, mas o pijama foi o que machucou o coração. Me dei conta de que realmente preferia estar a bordo daquele pijama unsexy, comendo pizza velha direto da caixa — e espalhando farelo no lençol pra reclamar disso depois — acompanhada do mozão. Essa perspectiva me pareceu bastante melhor do que entrar naquelas calcinhas cheia de renda que dão coceira para fazer um strip-tease sei-lá-pra-quem. Prioridades, né?
Quando entro nesse tipo de devaneio, sempre acabo chegando a uma conclusão parecida com a da música "Cilada", salvo um pequeno detalhe. Não era amor; era carência.
Em outra ocasião, me peguei em um mercadinho deprimente vertendo lágrimas porque tocou "Felices los 4" e isso me fazia lembrar de uma piada interna com um embuste amoroso. Quando você chora ouvindo reggaeton do Maluma, amigo, é hora de rever todas as suas referências afetivas.
Pouco depois, entrei na internet e me dei conta de que pensar no amor em momentos ridículos talvez não seja exclusividade minha:
Se há uma palavra de conforto para oferecer a todos esses corações sofridos, é a seguinte: graças a Deus que a gente não pensa em voz alta.
Vida que segue até a próxima situação patética.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.