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5 batalhas que não vale a pena travar no relacionamento

Controlar as mensagens do parceiro é costuma ser um problema comum para a maioria dos casais - iStock
Controlar as mensagens do parceiro é costuma ser um problema comum para a maioria dos casais Imagem: iStock

Colaboração para o UOL

15/02/2017 04h10

Aprender a evitar brigas e discussões que não levam a nada é um objetivo a ser perseguido por qualquer casal. Em algumas situações do dia a dia, o melhor é respirar fundo, analisar a situação com frieza e seguir adiante sem DR. A seguir, especialistas dão seis exemplos de circunstâncias em que essa é a melhor saída.

  • Curtidas na rede social

    Ciúme e possessividade não são novidades na relação a dois, mas esses sentimentos podem ser agravados por conta das redes sociais. Um simples elogio, muitas vezes despretensioso, acaba sendo encarado de outra maneira pelo par. Só que nem toda curtida precisa ser motivo de discussão. Para a psicóloga e terapeuta de casal Anna Hirsch Burg, professora no Núcleo de Pesquisas Psicanalíticas de São Paulo, antes de se exaltar, é preciso analisar: a curtida foi para a pessoa ou para o conteúdo do post? "Se meu parceiro curte uma amiga que posta fotos dela em poses sensuais, é motivo para acirrar meus ciúmes e, sim, vale a pena conversar a respeito", diz. Porém, se o par curte um conteúdo interessante (e inofensivo) postado por alguém que desperta ciúme, é melhor deixar para lá. O mesmo vale se o companheiro recebe uma curtida de alguém que você não gosta. Não tem como controlar o que uma outra pessoa faz.

  • Posições políticas

    Opiniões diferentes são saudáveis e elevam o nível de debate. Então, não há motivo para querer transformar a forma de pensar do outro. "Namoros, noivados ou casamentos não mudam a individualidade de cada um. As dificuldades e as delícias de cada casal residem justamente no equilíbrio entre as diferenças", acredita o psicólogo Alcindo Miguel Martins Filho, pesquisador associado em psicoterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Querer impor ao outro nossas crenças, de qualquer modo e a qualquer preço, indica intolerância. E poucos casais vivem em harmonia quando uma das partes é intolerante.

  • Mensagens do WhatsApp

    Essa é recorrente entre os casais: você está lá, distraído, quando chega uma mensagem no celular do par. Por reflexo, você vira a tela para olhar, lê o pedaço de uma conversa e conclui o que não deveria. O que você faz? Parte logo para tirar satisfações? Não é o que sugere a psicóloga clínica Mariana Bozeda, que fez sua tese de conclusão de curso na Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre "A Escolha do Parceiro Ideal". "Qualquer julgamento precipitado não é benéfico. O melhor a fazer é conversar com a pessoa sobre o que você leu, para entender a situação", diz. Martins Filho vai além: "A suposição saudável, para um casal que dialoga, seria de que há algum engano ou mal-entendido perfeitamente razoável e compreensível", garante.

  • Comparações com outros casais

    A relação de um casal de amigos de vocês parece perfeita. Um deles sempre levanta mais cedo e leva café na cama para o amado. Saber disso deixa você incomodado (e com um pouco de inveja) e você acaba comparando as atitudes do par com a do tal amigo. Um grande erro, de acordo com os especialistas. "É uma discussão ingrata. Melhor falar para o parceiro o que gostaria que ele fizesse, sem estabelecer comparações de qualquer natureza", aconselha a psicóloga Anna Hirsch Burg. Cada casal tem seu próprio modo de ser e talvez o par não traga café na cama, mas não se importe de fazer outros agrados.

  • Impor o seu jeito

    Uma verdade nua e crua deve ser encarada em relacionamentos: uma pessoa não existe para cumprir as expectativas da outra. Simples assim. Se você pediu que o par fizesse algo para você, aceite que a execução será do jeito dele. Agora, se faz questão que tudo saia com o seu toque pessoal, é melhor assumir a tarefa. O que é aceitável é sugerir que o par faça de outro jeito, com o argumento de que isso o ajudará a concluir a tarefa de forma mais fácil e eficiente. "Só é preciso respeitar o limite do outro. Provavelmente, ele vai fazer o melhor que pode", diz Mariana.