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Bruna Lombardi sempre foi uma mulher misteriosa e sedutora. E mesmo após 40 anos de sua estreia na televisão, ela ainda vira assunto ao postar em suas redes sociais fotos de biquíni ou em poses que revelam sua inerente sensualidade. Os cliques são devidamente registrados pelo marido, Carlos Alberto Ricelli, com que está casada há 35 anos e carinhosamente chama de Ri.
Essa paixão com certeza faz parte da fórmula do bem-estar de Bruna, mas não se trata do amor por um homem e, sim, pela vida. “Eu sou uma pessoa curiosa, sempre fui.” Curiosidade que também a mantém ativa. Além de atuar, ela também escreve roteiros e livros (recentemente, lançou a obra de poesias “Clímax”) e dedica grande parte de sua energia à espiritualidade. Hoje, uma das maiores dedicações de Bruna é difundir o mindfulness, técnica que ajuda a desenvolver atenção plena no que se faz.
“Nós temos que fazer as coisas com inteireza. Se estou falando com uma pessoa, tenho que estar inteira na conversa. E não pensando em outra coisa." E foi assim, plena, que ela --que mora em Los Angeles (EUA) com a família-- recebeu a reportagem do VivaBem em sua casa, durante passagem pelo Brasil. E nós desvendamos os segredos que fizeram com que ela chegasse tão bem à maturidade.
Lucas Lima/UOL Bruna sempre falou abertamente sobre sexo. Costumava afirmar em entrevistas que com o marido "está cada vez melhor". Hoje, é mais reservada sobre a vida a dois, mas não deixa de falar do tema, que permeia grande parte de sua obra. Recentemente, inclusive, lançou a série "A Vida Secreta dos Casais" (HBO), em que é uma sexóloga especialista em tantra.
Sexo é a coisa mais importante da criação. Nós todos estamos aqui nesse mundo por resultado de um ato sexual.
Mística, Bruna acaba levando tudo, até o sexo, para um lado mais espiritual. “A sexualidade é uma chama, assim como todas as forças que estão dentro de nós. É algo sagrado, a gente é que acabou coisificando o sexo e o deixando em um nível consumista, como quase tudo que fazemos hoje.”
Para ela, talvez o maior segredo de seu relacionamento duradouro esteja no fato de que ela preza sua liberdade, assim como respeita a de seu companheiro. O conselho de Bruna é não prender ou controlar o outro.
“Um relacionamento não pode ser um contrato, uma prisão. As pessoas têm que estar juntas, porque querem, porque estão apaixonadamente juntas. Isso serve para qualquer área, até no trabalho ou com os filhos”, acredita.
Minha mãe vive constantemente preocupada com o bem-estar de todos. Vejo ela sempre cuidando dos outros e acho que, quando você se coloca nessa postura de se doar, a energia vem, você acaba recebendo em troca. Acho que é daí que vem a vitalidade dela.
Lucas Lima/UOL A felicidade é outro tema recorrente na vida da atriz. Em 2011, protagonizou o filme “Onde Está a Felicidade?”, dirigido pelo marido, Ricelli. Neste ano, ela também lançou a Rede Felicidade, um site que fala de sustentabilidade, autoconhecimento e relacionamentos.
A intenção dela, com essa iniciativa, é formar uma “rede do bem”, como diz, e divulgar as coisas boas do mundo. “Eu acredito que as pessoas são boas. As poucas pessoas do mal acabam virando notícia, por isso que elas parecem muitas.”
Eu recebi muito da vida, desde que sou criança. E sempre senti muita necessidade de retribuir. Hoje tenho prazer em compartilhar tudo que aprendi.
Bruna também acha que o objetivo maior do ser humano é ser feliz e, no que ela puder, está empenhada em ajudar as pessoas a encontrarem essa sensação. “Apesar de ser uma palavra gasta, a felicidade é fundamental. Todo os pequenos e grandes movimentos que fazemos em nossas vidas é em busca dela.”
Seja difundindo o mindfulness, promovendo encontros com o público para falar de autoconhecimento ou postando mensagens de amor em suas redes sociais, o que Bruna mais quer hoje é auxiliar o outro nessa busca pela felicidade. Esse é o seu propósito. Talvez, o seu maior segredo para se manter tão bem.
De acordo com as Nações Unidas, é considerado idoso quem tem mais de 60 anos. Número que, cada vez mais, fica distante da realidade de muitas partes do mundo. Afinal, aquela imagem de velhinhos de andando de bengala já não combina mais com quem tem essa idade. Os 60 são os novos 40.
Para o médico e pesquisador em envelhecimento Alexandre Kalache, as pessoas estão chegando aos 60 com outro pique, principalmente em países em que a população tem maior acesso a cuidados de saúde. Ele até criou um termo para definir o fenômeno: “gerentolescência” --a adolescência da terceira idade.
A vida antes era uma corrida de 100 metros, hoje é uma maratona. Meu avô, por exemplo, morreu muito mais jovem do que sou hoje.
Alexandre Kalache, 72 anos
Para o médico, que já foi diretor de envelhecimento na OMS (Organização Mundial da Saúde), existem cinco pilares essenciais que fazem com que uma pessoa chegue bem à maturidade. São eles:
