"Você consegue ser boa de cama mesmo não gostando do próprio corpo?"
Essa foi a pergunta de uma leitora do blog, de 23 anos, mas poderia ter sido a de um jovem leitor e até mesmo feita por mim quando moçoila.
Hoje sou uma balzaquiana e tenho o maior orgulho da minha idade, 32. É que na medida em que o tempo passa a gente começa a se conhecer mais e entender melhor o mundo e as pessoas ao redor. E conhecimento, em todos os sentidos, é uma chave que destrava diversas portas, principalmente as das nossas inseguranças e medos.
"Como transar com uma pessoa se você não gosta do seu corpo?". Já tentou responder a uma pergunta com outra pergunta? Nesse caso, a questão é: "Por que você não gosta do seu corpo?"
Não está feliz? Nada de se acomodar!
Trabalhar a autoaceitação é diferente de se acomodar. Se algo na aparência, na casa ou na vida não agrada, é possível entrar em ação e mudar o detalhe dissonante – às vezes só precisamos reconfigurar o olhar sobre esse ou aquele aspecto.
Eu tenho olhos castanhos. Imensos. Queria tê-los verdes e mais puxadinhos, como algumas primas minhas. Posso usar lentes coloridas, o que já fiz. Posso usar óculos escuros ou fazer o melhor delineado de gatinho do mundo, mas nada altera o fato de que eles serão sempre duas bilocas marrons. E ok. Ninguém é um par de olhos, e sim um conjunto de características físicas e psicológicas único! Quando encontramos essas diferentes belezas em nós, brilhamos.
Que antes da cama venha o espelho e, para além dele, um mergulho profundo em si. Somos corpo e também história. Pele, passado e todo um futuro a ser escrito. Somos pelos e ansiedades. Somamos incontáveis defeitos e um sem-fim de qualidades. Antes de transar com alguém a gente precisa fazer amor-próprio.
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