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"Iam rir se eu tivesse morrido?", questiona jovem que levou tombo na chuva

O vídeo da queda de Nathalia Alves viralizou nas redes sociais - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Thamires Andrade

Do UOL

19/01/2017 11h57

O vídeo da queda da advogada Nathalia Alves, 27, em frente ao restaurante Paris 6, em São Paulo, viralizou na internet. Sem perfil no Facebook e com o Instagram desativado por um ano até o acontecido, ela descobriu por uma amiga que alguém tinha filmado seu acidente. "Estava no trabalho quando uma amiga veio me perguntar se eu tinha levado um tombo no dia anterior, eu disse que sim e ela contou que o vídeo estava nas redes sociais. Na hora, me deu pânico", relembra a advogada em entrevista ao UOL.

O vídeo da queda da advogada Nathalia Alves, 27, em frente ao restaurante Paris 6, em São Paulo, viralizou na internet. - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram
A princípio, Nathalia não queria assumir a "queda", mas como sabia que alguns amigos a reconheceriam, ela entendeu que, mais cedo ou mais tarde, precisaria falar sobre o que aconteceu. "De início, fiquei mal, não fazia ideia que alguém tinha filmado. Não foi todo mundo que se colocou no meu lugar. Não querendo ser moralista, mas será que o povo ia rir se eu tivesse morrido? Agora, vejo tudo com tranquilidade e leveza, dou risada", conta.

Para a advogada, depois que o Isaac Azar, sócio fundador do Paris 6, começou a procurá-la nas redes sociais, ela notou que mais pessoas começaram a se compadecer de sua situação. "No fundo, as pessoas sentem que o acidente poderia ter acontecido com elas, mas todo mundo ri, tudo acaba em pizza", acredita.

O acidente

Nathalia foi jantar com duas amigas no domingo (15) no Paris 6. As duas desceram do carro e conseguiram atravessar a correnteza, mas a advogada ficou receosa. “Cheguei a dizer para o motorista do Cabify [aplicativo de transporte individual rival do Uber] que não queria descer do carro, foi aí que o Kleber, manobrista do Paris 6, veio me pegar com a sombrinha. Ele colocou o pé na água e resolvi colocar o meu, só que eu deslizei e cai. A sorte é que levantei muito rápido”, relembra.

A advogada não se machucou e se abrigou da chuva debaixo da marquise do restaurante. “Estava encharcada e suja. Tanto o Kleber quanto a equipe vieram me ajudar, mas eu só queria embora. Entrei no primeiro táxi, só queria chegar em casa e tomar um banho”, diz.

Vip vitalício

Isaac Azar buscou Nathalia pelas redes sociais do restaurante logo no dia seguinte da queda para oferecer um jantar de gala. Até então ela não queria assumir sua identidade. Depois de ela se manifestar, o empresário anunciou que ela terá refeições gratuitas para o resto da vida na rede.

“Poderei comer gratuitamente em qualquer Paris 6 do mundo. Como já frequentava o restaurante e gostava muito, no fim, teve algo bom essa queda”, fala.

Para quem questiona se o ocorrido foi uma ação de marketing, Nathalia diz que era uma cliente, como outra qualquer, e que a ideia de Isaac em oferecer o vip vitalício não passou de compaixão pelo acidente que ela sofreu. “Acho malicioso alguém pensar isso. Primeiramente, ele teve compaixão e empatia com a situação, era um acidente que podia acontecer com qualquer pessoa e eu podia ter me machucado sério. Não considero isso uma ação de marketing”, diz.

Ela ainda não voltou ao restaurante depois do episódio, mas espera –assim como grande parte dos internautas nas redes sociais do Paris 6—que o manobrista Kleber também seja recompensado pela ajuda prestada. “Acho que com certeza ele é um funcionário atencioso, não realizou só o trabalho dele. O Kleber foi de uma educação comigo. Tenho certeza que ele será recompensado pelo Paris e acredito que merece toda recompensa e atenção possível”, afirma.