Topo

Ivete diz que não facilita para o filho: "Quem manda em casa sou eu"

Pedro Bial recebe Ivete Sangalo e Cynthia Sangalo no "Conversa com Bial" - Marcos Rosa/TV Globo
Pedro Bial recebe Ivete Sangalo e Cynthia Sangalo no "Conversa com Bial" Imagem: Marcos Rosa/TV Globo

Colaboração para o UOL

16/08/2017 07h45

Ivete Sangalo falou da família e da carreira no "Conversa com Bial" desta terça-feira (15). Ao lado da irmã, Cynthia, a cantora comentou a relação com os pais e os irmãos, além do filho Marcelo, para quem diz não dar moleza.

"Quem manda em casa sou eu. Falei para professora que acho um absurdo mãe se envolver em bullying, então eu o oriento no aspecto emocional e físico. Com um mês eu batia altos papos com ele, acho que a criança absorve", conta.

Sobre não expor o menino, a baiana diz: "Sempre falo: 'filho, você tem suas preferências, mas está muito cedo para fazer escolhas. Ao mesmo tempo que eu preservo ele para que faça escolhas com calma, não privo ele das coisas. Ele toca bateria, me acompanha".

Ivete fala abertamente com o garoto, que completa 8 anos no início de outubro, sobre como são feitos os bebês. "Desde que Marcelo nasceu não fazíamos uma viagem sozinhos, fomos para Europa e falamos para ele: 'vamos tentar fazer um irmão'. Quando a gente voltou, a primeira coisa que ele perguntou foi: 'fez?'", diverte-se. Se depender dela, o menino ganhará. "Eu quero muito, tenho talento para maternidade. Herança da minha mãe, que sempre foi muito mãezona".

Pais e irmãos

A cantora garante que não havia ciumeira com a irmã. "Fui a raspa do tacho, uma cachaça mal tomada. Concorria com a última filha, que era o dengo da casa, mas Cynthia me acolheu como uma alegria para a vida dela, não uma concorrência. Sempre me inseria na vida dela".

A criação que teve contribuiu para se tornar a mulher que é hoje. "Se tivesse que escolher, nasceria na mesma família de novo. Sempre ouvi dos meus pais elogios, muita aprovação, e fui repreendida nas coisas que de fato têm muita importância. Essa criação depois da necessidade que passamos após a morte do meu pai me deu o clique de fazer o que eu gostava. Fui trabalhar com o que eu pude escolher na loucura, na turbulência. A gente queria se afastar da angústia", recorda.

Ela diz ainda que prefere chorar em público. "Não sei chorar sozinha, tem que ter alguém vendo. Sozinha é uma perda de tempo, prefiro ver um filme, comer um negócio gostoso. Se você absorver os problemas na totalidade, não vai resolve-los mais rápido, então tente dançar, comer um sanduíche, se não o problema duplica na sua cabeça", aconselha.

Crise

Ivete não escapou de falar do atual momento do país. "A crise brasileira afeta em cadeia: a área de entretenimento é a primeira que cai quando a situação aperta. Tem o agravante de as pessoas, além de não poderem ir ao show, terem o sentimento de não ver horizonte. Só existe o velho, o estabelecido, a gente sabe que vai continuar acontecendo. É preciso algo novo que nos liberte dessa trágico DNA de que o país só tem gente corrupta", opina. "Estamos engatinhando nessas coisas e nos perdemos no dia a dia com o que é importante. Mesmo com o espaçamento moral e a situação econômica, há de haver uma saída para o sucesso coletivo".