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Uma dieta diversificada pode não ser a mais saudável, segundo pesquisas

A variedade de alimentos, sozinha, não é garantia de uma variedade nutricional - Istock
A variedade de alimentos, sozinha, não é garantia de uma variedade nutricional Imagem: Istock

Do VivaBem, em São Paulo

09/08/2018 16h05

Encorajar as pessoas a ingerir uma ampla variedade de alimentos para garantir a ingestão de todas as vitaminas e nutrientes necessários pode ser um tiro pela culatra, de acordo com uma nova declaração científica da American Heart Association, baseada em estudos científicos recentes.

Deixar o prato mais colorido tem sido uma recomendação global de saúde há décadas. No entanto, há pouco consenso sobre o que de fato é a diversidade alimentar, como ela é medida e se realmente é uma meta saudável.

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De acordo com uma revisão completa da literatura científica de artigos publicados entre janeiro de 2000 e dezembro de 2017, pesquisadores concluíram que não há evidências de que uma maior diversidade alimentar promova um peso saudável ou a alimentação ideal, especialmente se as escolham foram quitutes gordurosos ou ultraprocessados. 

Além disso, eles afirmaram que existem evidências de que uma variedade maior de alimentos em uma refeição pode retardar a sensação de saciedade das pessoas, aumentando a quantidade de comida que ingerem. Evidências limitadas, de acordo com os autores, ainda sugerem que o estilo alimentar está associado à ingestão de mais calorias e ganho de peso em adultos.

Em vez de dizer às pessoas para comer uma variedade de alimentos, os autores da declaração concluem que as recomendações dietéticas devem enfatizar o consumo adequado de vegetais, como frutas, legumes, grãos e cereais integrais, produtos lácteos com baixo teor de gordura, nozes, carnes brancas e limitar o consumo de carne vermelha, doces e bebidas açucaradas.

"Escolher uma variedade de opções saudáveis é potencialmente melhor para manter um peso saudável do que escolher itens como como chocolates, batatas fritas e hambúrgueres, mesmo que com moderação", explica Marcia de Oliveira Otto, principal responsável pela declaração e professora na University of Texas Health Science Center, nos Estados Unidos.

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