Jessica Alba relembra: "Latinas tinham que se encaixar em estereótipos"
Jessica Alba é dessas mulheres versáteis. Atriz reconhecida e mãe de família ela ainda arranja tempo para administrar uma empresa. Em 2012 ela fundou a The Honest Company, uma marca moderna de bem estar que foi avaliada em 1 bilhão de dólares, em 2017. "Eu acho que os pessimistas me dão energia", disse ela em entrevista para a nova edição da revista "Porter". Defensora das questões envolvendo a igualdade de gêneros, Alba trouxe uma nova CEO para a sua empresa e também mudou o quadro de funcionários mulheres de 15% para 50%.
"Eu tinha que lidar com muita ironia e como se eu fosse burra em determinados valores e fundamentos. Fica mais fácil se metade da sala puder me entender. Como as clientes costumam pensar e sentir, o que passa pela cabeça delas quando estão grávidas e com os hormônios a mil. Gravidez é a situação mais vulnerável que eu já estive e a mais sensível e solitária - todas as minhas três foram assim", afirmou ela explicando a iniciativa de aumentar a grade feminina em sua empresa.
A atriz também explicou o período que passou afastada do cinema. Além de se dedicar integralmente à empresa, precisou administrar os cuidados com os três filhos, Honor, Haven e Hayes, de 10, 7 e 1 ano respectivamente. "Minha empresa absorveu a maior parte da minha capacidade profissional e meus filhos absorveram meu coração. Eu simplesmente não tinha espaço para mais nada", afirmou.
Filha de mãe branca (parte dinamarquesa, parte francesa) e pai mexicano, Jessica Alba teve uma infância muito pobre. "O trabalho foi um fardo para eles. E eu pensei: 'Por que eles não podem ter empregos de que gostam? Por que outras pessoas podem ter isso e não a gente? Eu nunca cedi à ideia de que, por não ter nascido com privilégio, eu não tinha permissão para ter essa liberdade de não me estressar com dinheiro e ser feliz".
O início da carreira também não foi fácil. "Era só eu e as meninas brancas. E se eles quisessem uma latina você precisava se encaixar em algum tipo de estereótipo. Então tive que achar meu próprio caminho e chutar as portas que iam se abrindo. Ninguém em Hollywood me tratava como: 'sim, entre'."
O marido, Cash Warren, com quem está desde 2008, foi quem a ajudou nos momentos difíceis de insegurança. "Eu era muito insegura antes. Eu sentia que se eu não estivesse trabalhando mais do que todo mundo tudo iria desaparecer. E foi Cash quem abriu meus olhos para a ideia que nem sempre eu precisava lutar contra o mundo. Ele disse: 'você não precisa ficar tão brava. Você também pode ser feliz e relaxar. Sua carreira não está indo embora. A verdadeira questão é: o que você quer fazer com tudo isso?' E foi aí que decidi empreender", contou.
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