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Com malas de R$ 6 mil, Rimowa busca diversificar para crescer

As novas malas da Rimowa em parceria com a Supreme - Divulgação
As novas malas da Rimowa em parceria com a Supreme Imagem: Divulgação

João Lima

18/04/2018 16h15

A Rimowa, da LVMH, quer vender aos viajantes algo mais do que malas de alumínio, dizendo que está perdendo toda a diversão.

"Gostaria que em cinco anos fôssemos, obviamente, uma marca culturalmente relevante no setor de turismo, e espero que não vendamos apenas malas, mas também outros produtos relacionados a viagens e que realmente façamos essa viagem com o cliente", disse o co-CEO da Rimowa, Alexandre Arnault, um dos cinco filhos do presidente do conselho da LVMH, Bernard Arnault, na quarta-feira, na Condé Nast International Luxury Conference, em Lisboa.

As malas da Rimowa estão com o cliente na parte "não agradável" da viagem, entre casa, aeroporto e hotel, disse Arnault, mas "na parte realmente agradável da viagem a marca não está vinculada a você".

Arnault disse que a Rimowa, cuja aquisição foi fechada em 2016 pela LVMH, tentará "criar mais laços" com os clientes durante as viagens oferecendo diversos tipos de produtos e serviços e que ao mesmo tempo continuará oferecendo produtos para a "parte desagradável da viagem".

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Com mais de 4.000 lojas em todo o mundo, a LVMH tem sido impulsionada pela crescente classe média chinesa, que está viajando mais do que nunca. A empresa também está se beneficiando com uma iniciativa voltada ao comércio eletrônico e com novos produtos para atrair consumidores jovens -- como tênis de luxo e cases para iPhone com o estilo dos baús Louis Vuitton.

"Eu não acho que os produtos de luxo estejam desaparecendo de nossas vidas por causa da ascensão dos millennials", disse Arnault, que, aos 25 anos, também faz parte dessa geração. "Para ganhar a atenção dos millennials precisamos trabalhar constantemente na intensidade e em uma melhor qualidade. Se conseguirmos administrar isso, e essa é nossa busca constante, tenho certeza de que milhões deles nos seguirão."