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Na infância, café da manhã de má qualidade prejudica saúde cardiovascular

Crianças não devem pular a refeição e precisam de alimentos de boa qualidade - iStock
Crianças não devem pular a refeição e precisam de alimentos de boa qualidade Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

16/10/2018 19h32

Novo estudo constata que crianças que tomam café da manhã de pior qualidade nutricional e maior densidade energética (mais calorias por grama de alimento) ou que pulam essa refeição têm mais problemas de saúde. A informação foi divulgada na revista científica Nutrients.

Os pesquisadores concluíram ainda que os programas de educação nutricional para melhorar a saúde cardiovascular na infância deveriam incluir recomendações específicas voltadas para a redução do consumo de alimentos com alta densidade energética durante a primeira refeição do dia.

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"O café da manhã não é só o desjejum, também é a refeição mais importante", disse Idoia Kabayen-Goni, que participou do estudo. "Apesar disso, muitas crianças vão à escola sem tomar café da manhã, o que significa que na hora do almoço ficam mais famintas e podem comer mais do que deveriam. A ausência do café da manhã já foi correlacionada com o excesso de gordura e outros distúrbios associados, e está sendo observada para criar estratégias contra a obesidade infantil".

Os cientistas avaliaram os hábitos alimentares no café da manhã de 203 crianças com idade entre 8 e 15 anos e com excesso de peso. Com os dados foi possível cravar que 13% das crianças que não tomavam café todos os dias ou que optavam por uma refeição com menor qualidade nutricional e maior densidade energética apresentavam os níveis mais altos de colesterol e ácido úrico no sangue, além de maior resistência à insulina.

A maior densidade energética do café da manhã ainda tem repercussões negativas no metabolismo da glicose, mesmo naquelas crianças que atendem às recomendações diárias de atividade física --uma hora de intensidade moderada a vigorosa.

Como conclusão, os pesquisadores ressaltaram que os programas de educação nutricional destinados a melhorar a saúde cardiovascular e metabólica infantil devem se concentrar na redução do consumo de alimentos de alta densidade energética, como "produtos ultra processados, comumente presentes no café da manhã das crianças", afirmou Idoia Labayen.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferente do que o texto dizia anteriormente, os resultados do estudo foram divulgados na revista científica Nutrients, e não na Nature.