Além do canguru: chefs australianos conquistam o mundo da gastronomia
Como numerosos chefs australianos foram selecionados para cozinhas de prestígio e cresce a admiração por seu estilo relaxado, 2017 deve ser um grande ano para seu impacto na cena culinária mundial.
Beau Clugston, do Le 6 Paul Bert, atravessou um longo caminho desde os dias de surfe em sua sonolenta cidade natal Sawtell, no litoral de Nova Gales do Sul. Após trabalhar cerca de sete anos como sous chef no Noma e desempenhar um papel fundamental no restaurante temporário que funcionou durante dez semanas na Austrália, Clugston se mudou para Paris em 2016.
Aos 31 anos, ele agora dirige o icônico Le 6 no décimo primeiro distrito. Situado no mesmo quarteirão que o emblemático Bistrô Paul Bert (que Clugston compara com "um cartão postal da culinária parisiense"), seu restaurante com 35 lugares foi relançado e extremamente aclamado no fim do ano passado. "Le 6 é basicamente minha interpretação de um bistrô em 2017. Nesse sentido, ele soa muito familiar, mas é muito puro e claro em termos de intensidade e sabor ? o que não poderia estar mais longe da culinária tradicional dos bistrôs."
O cardápio de seis pratos de Clugston, com produtos fornecidos pela própria fazenda do bistrô na Normandia, está conquistando os críticos parisienses mais exigentes -- os clientes do dia a dia.
Com 26 anos de idade, Frankie Cox está entre os mais jovens chefs executivos de Nova York. O TriBeCa, com 70 lugares, abriu há cerca de um ano. Trata-se de uma ramificação adulta do café epônimo em Nolita, onde Cox comprava todos os dias seu café e sua torrada com abacate antes de trabalhar em um restaurante de frutos do mar das redondezas, o Navy. Isto é, antes que os proprietários do Two Hands (e compatriotas australianos) Giles Russell e Henry Roberts a roubassem de lá.
Descrito como um restaurante com foco na comunidade e "clima da Bondi Beach", o cardápio de Cox é saudável e voltado aos vegetais. "Por sermos da Austrália, a nutrição e a alimentação saudável estão arraigadas como parte de nossa cultura. Estamos começando a mudar um pouco o jogo por aqui", diz ela.
"Você pode vir e gastar muito dinheiro ou pode entrar e sair com um sanduíche", disse o chef do Burnt Ends, Dave Pynt, com a franqueza característica de Perth. O tom irreverente de Pynt oculta o pedigree de sua moderna churrascaria - ela estreou no número 70 da lista de melhores restaurantes do mundo em 2016.
O próprio chef australiano é um conquistador discreto, com um currículo que vai do Asador Etxebarri de Víctor Arguinzoniz na Espanha ao Noma de René Redzepi, passando pelo St. John Bread & Wine de Londres.
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