Casamento e exclusividade sexual
Na Índia, a lei permitia até cinco anos de prisão para qualquer homem que tivesse relações sexuais com uma mulher casada sem o consentimento do seu marido.
As mulheres não tinham autorização para apresentar nenhum tipo de ação por adultério, nem poderiam ser julgadas responsáveis por esse motivo — a questão era sempre relacionada aos homens.
A Corte Suprema da Índia descriminalizou agora o adultério, apesar de considerá-lo um motivo legítimo para o divórcio.
Não existe cultura em que o adultério seja desconhecido, e parece não haver nada que consiga fazê-lo deixar de existir. É impressionante que apesar de todas as punições, homens e mulheres, de qualquer época e de qualquer lugar, se envolvam em relações extraconjugais.
Com tanto em jogo, é difícil entender como se arriscam a praticar sexo fora do casamento. Isso, parece ser irresistível como uma droga. Tão irresistível a ponto de as pessoas se arriscarem a serem mutiladas e/ou executadas.
A antropóloga americana Helen Fisher acredita que homens e mulheres têm prazer na variedade sexual: "Naquelas sociedades que não têm padrões duplos nas questões sexuais, e em que são permitidas várias relações, as mulheres utilizam tão ansiosamente suas oportunidades quanto os homens."
O pesquisador Alfred Kinsey concordava: "Mesmo naquelas culturas que tentam com mais rigor controlar o coito extraconjugal feminino, está absolutamente claro que tal atividade ocorre, e em muitos casos ocorre com considerável regularidade."
Apesar de nosso tabu cultural contra a infidelidade na nossa cultura, são muito comuns as relações extraconjugais. Todos os ensinamentos que recebemos desde que nascemos – família, escola, religião – nos estimulam a investir nossa energia sexual em uma única pessoa.
Mas na prática uma porcentagem significativa de homens e mulheres casados compartilha seu tempo e seu prazer com outros parceiros.
Durante muito tempo se acreditou que só os homens tinham relações múltiplas. Mas quando surgiu a pílula, e as mulheres entraram no mercado de trabalho, houve uma mudança no comportamento feminino.
O psicólogo italiano Willy Pasini diz que o cenário não é mais o mesmo, e que hoje o remorso da mulher quase desapareceu completamente. As pesquisas confirmam isso, como a do New York Post que concluiu que nove entre 10 mulheres não nutrem qualquer tipo de sentimento de culpa.
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