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Mulher posta fotos chocantes e alerta para os perigos do bronzeamento

Mag Murphy mostra seu tratamento no 3º, 9º e 19º dia - Reprodução/Facebook
Mag Murphy mostra seu tratamento no 3º, 9º e 19º dia Imagem: Reprodução/Facebook

Juliana Simon

Do UOL

19/01/2017 15h47

Para quem adora torrar no sol ou é adepto do bronzeamento artificial, as fotos postadas por Mag Murphy, de 45 anos, mostram o que esses hábitos podem causar. A irlandesa iniciou uma espécie de diário no Facebook (Mag's Murphys Journey), onde relata com fotos o tratamento doloroso para combater células pré-cancerígenas na pele, causadas pelos exageros em nome de um belo tom de pele.

Em seu primeiro post, Meg afirma que passou mais de uma década na ilha de Creta, na Grécia, se bronzeando para ficar bonita e pensando: "Estou marrom e não preciso de um filtro solar com fator de proteção maior". Além disso, ela relata que, durante esse tempo, também fazia bronzeamento artificial e não aplicava protetor no dia a dia.

O resultado foi o surgimento de células pré-cancerígenas e um tratamento doloroso para retirá-las em um mês. O diário, segundo Meg, é um alerta para quem exagera nos recursos para alcançar o bronzeado e corre o risco de ter um câncer de pele.

Como tomar sol com segurança

Especialistas recomendam o banho de sol somente antes das 10h e após 16h, sempre usando protetor solar com fator 15, no mínimo. O produto deve ser aplicado de duas em duas horas, sempre quando você estiver ao ar livre, mesmo nos dias nublados. Para peles mais claras, a recomendação é o fator 30. Se você dormiu no sol, também há formas de se livrar de marcas indesejáveis.

O risco do bronzeamento artificial

Brunna Borges, especialista em dermatologia da clínica Mais Excelência Médica, afirma que, apesar de ainda ser popular no Brasil, é melhor evitar o bronzeamento artificial. Ela avisa que a Sociedade Brasileira de Dermatologia não recomenda esse procedimento para fins estéticos e que, em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu as câmaras de bronzeamento artificial.

Essas máquinas emitem raios ultravioleta do tipo A (UV-A) em quantidades bem maiores do que as emitidas pelos raios solares. E, dependendo do número de sessões que uma pessoa faz durante o período de um ano, pode desenvolver câncer de pele. Além disso, a câmara aumenta o risco da doença  câncer em regiões pouco expostas ao sol.

Alternativas ao sol

Para quem quer ganhar um bronzeado leve e preservar a pele, há opções, como o uso do pó bronzeador e até cápsulas. Brunna indica os autobronzeadores, em cremes ou loções, mas alerta para que o consumidor tome cuidado com alergias. Se já é alérgico a alguma substância, observe com atenção o rótulo do produto. Do contrário, apenas teste em uma pequena área da pele e deixer que aja, antes de usar no resto do corpo.

Outra solução é o bronzeamento a jato, também realizado com a dihidroxiacetona. Como é aplicado por jatos, costuma deixar a cor mais uniforme. Não é indicado para gestantes, pessoas com hipersensibilidade ou alérgicas ao componente, pessoas com dermatite ou outras doenças de pele.

Roseli Siqueira, esteticista e cosmetóloga, indica o consumo de sucos naturais, principalmente aqueles ricos em caroteno, como o de cenoura. E, pelo menos um mês antes de começar a tomar sol, consuma em alimentos que contêm o betacaroteno, como o mamão e a manga.