10 dicas para não se dar mal na hora de construir, reformar ou decorar

Economizar nem sempre é um bom negócio: às vezes o barato pode sair caro. Para não cair nesse tipo de armadilha, fique atento as dicas a seguir sobre o que se deve fazer ou não quando o assunto é casa:

O que não fazer de jeito nenhum:

1. Nunca, em hipótese alguma, fure uma viga para, por exemplo, passar fiação ou canos, nem mexa em elementos estruturais sem antes ter o aval de um engenheiro ou arquiteto. Esse tipo de intervenção na estrutura, se não for vigiada, pode acarretar em problemas muito sérios na estabilidade da construção, até mesmo provocando risco de cair.

2. Seguindo nesse mesmo tema, é comum as pessoas fazerem "gambiarras". Mais comumente aplicadas nas instalações elétricas, economizar em questões como essa torna mais possível haver um curto-circuito, queimando diversos equipamentos de uma só vez, sem falar dos choques! O prejuízo será muito maior do que se fosse feito um investimento no início e uma vez só em instalações de qualidade.

3. Falando na escolha dos móveis, não vale a pena colocar móveis e tecidos comuns em áreas externas, como piscina ou churrasqueira. Apesar dos especializados serem um pouco mais caros, o custo-benefício é incomparável! Móveis internos em ambientes que recebem luz do sol direta, água de piscina e chuva ou umidade em excesso acabam não durando nem mesmo um ano: desbotam, mofam, apodrecem, sendo necessária a troca de ano em ano, o que sai bem mais caro. Ou seja, os específicos para exterior duram e acabam se pagando. Não adianta querer fazer economia: se não for possível ter esse tipo de gasto no momento, aguarde e compre mais para frente.

Projeto do escritório TRiART Arquitetura para área externa. Mobiliário pensado de modo a ser apropriado para receber luz solar direta e possivelmente ser molhado

4. Diferentemente de tendências que podem e devem servir de inspiração, os modismos na decoração devem ser evitados. Modismos vem e vão rapidamente, fazendo com que aquele elemento que você comprou há pouco tempo — e em que provavelmente gastou uma boa grana apenas por estar "na moda" — logo fique ultrapassado e você, arrependido.

5. Quanto aos revestimentos, fuja de opções marcantes. Ladrilhos hidráulicos, por exemplo, são superclássicos, mas marcam muito e acabam cansando. Investir na troca do revestimento acaba saindo caro, portanto, escolha peças mais neutras.

Exemplo de revestimento neutro na parede e no piso, deixando a cor por conta da vegetação e do mobiliário (Fonte: decoracao.com)

O que fazer:

1. Trocar lâmpadas convencionais por LED! Além de terem vida útil muito mais longa, ajudam a reduzir (e muito) sua conta de luz! Você ilumina muito mais com menos lâmpadas, sem contar que é bem mais difícil que uma delas queime e você tenha que trocar. Como se não fosse o suficiente, a LED não aquece! Ou seja: não esquenta o planeta, gera menos resíduos e ajuda a gastar menos! É a melhor opção!

Comparação entre lâmpadas incandescentes, fluorescentes e de LED. (Fonte: Kian Brasil)

Ilustração do efeito dos diferentes tons (efeito das diversas temperaturas escolhidas nas lâmpadas LED. (Fonte: Casa da Tice)

2. Investir nos materiais básicos, como fios, conduítes e canos é uma dica quase obrigatória! Apesar de ser um investimento que não fica visível nem contribui para os aspectos estéticos do lar, pode ter certeza que, tendo feito direito na primeira vez, você será poupado de muitas dores de cabeça custosas, como vazamentos, curto circuitos, infiltrações, incêndios acidentais…

3. Escolher um bom tecido para o sofá pode parecer caro. Mas um bom móvel com tecido durável, se bem cuidado, durará oito anos, em média. Reformar o antigo sairá aproximadamente 60% do valor de um novo. Pensemos que um tecido "meia boca" dure de dois a quatro anos; você economizará pelo menos duas trocas!

4. Aplicar uma quantia maior em móveis assinados por designers pode ser um ótimo negócio. Esse tipo de item é atemporal e confere estilo e elegância a qualquer ambiente. É, de fato, um belo investimento, pois são eternos e não desvalorizam. A chaise longue LC4, de Le Corbusier, projetada em 1928 é até hoje um objeto de desejo e elegância.

Chaise longue LC4, assinada por Le Corbusier, em projeto de Beatriz Dutra (Foto: Arquivo Pessoal)

5. Por último, uma dica em relação ao piso. Na maioria das vezes, por ser um material clássico e nobre, a madeira é escolhida. Porém, não é barata e exige manutenção trabalhosa e custosa, de lixar e polir, de tempos em tempos. Uma ótima alternativa é o piso vinílico: custa metade do que a madeira, não mancha com água, a durabilidade é enorme, pode ser usado inclusive nos quartos, tem instalação simples e várias opções de texturas e cores. É o melhor custo-benefício para quem deseja uma opção prática e durável sem sair do orçamento.

Projeto de Andressa Fonseca, em 2014, no rio, onde foi usado piso vinílico imitando madeira

Em qualquer nível de reforma, é imprescindível que se observe atentamente as normas técnicas e manuais de instrução de todos os eletrodomésticos. Fatores como desrespeitar orientações técnicas, não se colocar tomada atrás de forno ou a não instalação de tomadas baixas em áreas onde há possibilidade de molhar, se ignorados podem ser extremamente perigosos e prejudiciais ao seu lar. Fique atento!