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Estudo da USP usa tecnologia para deixar feijão e milho mais nutritivos

Além da redução de tempo e consumo de energia no processo industrial, a tecnologia permite que, no futuro, sejam adicionados mais nutrientes vitamínicos aos grãos - iStock
Além da redução de tempo e consumo de energia no processo industrial, a tecnologia permite que, no futuro, sejam adicionados mais nutrientes vitamínicos aos grãos Imagem: iStock

Do UOL VivaBem*, em São Paulo

09/11/2018 12h40

Cientistas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP usam tecnologia de ultrassom de alta potência para hidratar feijão e milho. Além de redução de tempo no processo industrial, o método permitirá no futuro a adição de mais nutrientes vitamínicos aos grãos.

“Pretendemos incorporar outros nutrientes aos grãos, como vitaminas e carotenoides, com o objetivo de se obter um grão de maior valor nutricional”, diz Alberto Claudio Miano Pastor, autor da pesquisa.

Em escala industrial, a hidratação de grãos demanda tempo e gasto de energia --em média, o processo leva de oito a 14 horas para ser realizado. Utilizando ultrassom, o tempo foi reduzido para cinco ou seis horas, segundo Pastor.

Além de mais rápido e barato, o processo de aplicação de tecnologia de ultrassom permite a adição de componentes ao produto como o ferro e vitaminas. “A aceleração desse processo, no caso do feijão, por exemplo, ocorre na indústria a partir do aumento da temperatura, o que pode prejudicar o produto e consumir grande quantidade de energia. Aqui, nós aceleramos o processo sem aumentar a temperatura e ainda incluímos ferro, um componente que combate a anemia, um problema grave em países em desenvolvimento”, declara Pastor.

Segundo o pesquisador, a hidratação é uma etapa inicial do processo de industrialização e pode ser empregada em diversas finalidades: no cozimento do grão, na germinação, na malteação e na produção de brotos.

*Com informações do Jornal da USP.