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Alongamento de cabelo com fita adesiva é menos agressivo e vale por luzes

Após uma série de mudanças capilares, Mari Saad aposta no alongamento de fita adesiva  - Reprodução Instagram
Após uma série de mudanças capilares, Mari Saad aposta no alongamento de fita adesiva Imagem: Reprodução Instagram

Paula Roschel

em colaboração para Universa

04/04/2018 04h00

Juliana Paes, Bruna Marquezine e tantas outras famosas já se jogaram no megahair para turbinar o visual dentro e fora das telas. Por outro lado, aplique também se tornou sinônimo de problemas para fios e couro cabeludo. Então, como investir em algo que pode prejudicar a saúde? É na contramão dessa vertente que o alongamento de fita adesiva entra como favorito das famosas, anônimas e é até absolvido por profissionais da saúde.

O aplique de fita adesiva
Pequenas mechas, em placas com material colante, são colocadas perto do couro cabeludo como um sanduíche; são até 40 por cabeça. A única recomendação mais incômoda envolve ficar dois dias sem lavar os fios após a investida, para deixar tudo no lugar por até dois meses. 

“Converso sempre com cabeleireiros sobre o assunto e trato muitos pacientes com queixa de queda de cabelos. A dúvida se o aplique não faz mal é sempre recorrente. Mas o tipo mais indicado, por causar menos danos devido ao seu efeito mínimo de tração sobre os fios naturais, é a extensão tipo fita; que exige uma manutenção mais precoce (2 meses), principalmente em pacientes que estão em tratamento de alguns tipos de alopecias cicatriciais ou eflúvios e ficam incomodados com a redução do volume,” esclarece dra. Emily Alvernaz Figueiredo, médica da Clínica Goa, Rio de Janeiro.


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Queridinho das celebridades

Pela promessa de não prejudicar os fios naturais, o aplique de fita virou o preferido de famosas e influenciadoras: “Estou numa fase de reconstrução do cabelo, pois passei por muitas mudanças. Por exemplo, fiquei muito loira, além de danos da chapinha e babyliss do dia a dia. A partir daí eu acabei optando por ser morena e usar megahair. Gosto muito do de fita adesiva, pois ele preserva o couro cabeludo, já que é muito leve e distribuído. A manutenção também é tranquila; a minha é a cada um mês, pois gosto de colar as mechas mais distante da raiz para dar ainda mais mobilidade na hora de penteados”, revela a influenciadora Mari Saad.

Vida normal
Quem está usando aplique de fita adesiva pode nadar, praticar atividade física e fazer penteados normalmente. Porém, é necessário ter em mente que tranças embutidas na região das estruturas adesivas não são tão fáceis de fazer. Além disso, para as fitas não descolarem, é indicado passar longe de produtos alcoólicos e condicionadores na região da cola, pois os cabelos “fake” podem soltar.

Cola x adesivo
Segundo especialistas; o método de cola, popular no Brasil, é o alongamento mais perigoso aos fios e couro cabeludo: "A cola quente da aplicação já é ruim para fios e couro cabeludo por si só, mas o pior é a tração na hora de retirar o aplique, ocasionando quebra expressiva. Já o de fita adesiva não envolve a tal cola quente inicial e a retirada, feita com produto específico para cabelo, dissolve a substância aderente de forma delicada", esclarece Lucy Cossenzo, terapeuta capilar do Square by Romeu Felipe.

Nova técnica adesiva
As marcas de fitas adesivas mais utilizadas são a Easy Hair e a Long Hair, ambas importadas; mas no Brasil já existe uma técnica nova e própria, patenteada pelo cabeleireiro Miro Pereira, do Studio W, chamada de Nano Pele: “A maior diferença entre o usado anteriormente, chamada de Micro Pele, e a nova técnica é a resistência. A manutenção deve se feita a cada 45 dias e a aplicação é muito rápida e indolor” informa. Segundo o especialista, a Nano Pele é composta por estrutura de gel envolvido em poliéster, cortado a laser e prensado, virando um silicone mais maleável que a fita adesiva convencional.

Enquanto o valor da fita adesiva convencional começa em R$ 1.200 reais (fios e aplicação), com a Nano Pele as cifras sobem significativamente, ficando a partir de R$3.500.

Cabelos naturais
Em salões renomados, os fios do aplique são sempre 100% humanos, pois só esses aguentam transformações químicas, como mudança de cor, e não embaraçam com a facilidade dos sintéticos.

Aplique para corrigir cortes
“É crescente o número de mulheres em busca do alongamento de fita para corrigir cortes não desejados, inclusive os químicos, que acontecem após descolorações e alisamentos; mas também a procura é alta entre aquelas mulheres que estão com cabelos falhados e ralos, percebendo uma diminuição no volume que é comum com o passar dos anos", afirma Lucy Cossenzo.

Aplique para ficar com mechas loiras
A especialista ainda explica que reflexos e cabelo ombré são conquistados sem danos com a fita: "As brasileiras adoram ser loiras, mas isso tantas vezes é difícil de alcançar sem comprometer a estrutura dos fios. Nesse sentido, o alongamento de fita é usado para criar mechas em tons mais claros, como reflexos, que não danificam o cabelo natural da cliente."

Mesmo a fita precisa de cuidados
Mas mesmo sendo um aplique menos nocivo aos fios, a fita adesiva traz consigo cuidados extra: “Recomenda-se sempre obedecer o período de dois meses de uso, pois os apliques acabam abafando o couro cabeludo e predispondo ao acúmulo de oleosidade, proliferação de fungos e dermatite seborreica, que pode intensificar a queda”, alerta Emily.

Aplique de fita adesiva:

O que é? Cabelo 100% humano aplicado sobre os fios naturais através de uma estrutura colante para aumento de volume, mudança de cor e comprimento.

Resultados esperados: Cabelos mais cheios, com mechas homogêneas e mais longos.

Duração: O aplique dura um ano e meio, no máximo. Após esse período, não é possível utilizar a estrutura adesiva. Os fios que restaram na estrutura podem, entretanto, virar rabos de cavalo ou franjas postiças, assim como serem doados para instituições que fazem perucas para pessoas que passaram por queda capilar.

Quantidade de sessões: Única

Contraindicação: Se a pessoa passa por um período acentuado de quedas ou está em dieta restritiva, é melhor primeiro fazer um acompanhamento com dermatologista ou tricologista antes de investir em apliques de fita adesiva ou qualquer outra opção. Pessoas que passaram por tratamentos como quimioterapia também precisam do aval do médico para investir na técnica.

Manutenção: Com o crescimento dos fios, o aplique precisa ser trocado a cada dois meses. Isso também faz com que a área da aplicação anterior tenha uma pausa na tração que, mesmo mais leve, ocorre em alongamentos.

Valor da sessão: A partir de R$ 1.200 para primeira colocação. Para reaplicar os fios a cada dois meses, a partir de R$ 600.

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