Exposição de transexuais mostra que mentalidades estão mudando
Filhas de uma família conservadora, na qual o pai é pastor, aos 18 anos as gêmeas Jaclyn e Jennifer, decidiram passar juntas pela transição hormonal para terem a aparência física masculina. Jack e Jace, como se identificam atualmente, contaram que desde crianças choravam e rezavam para Deus pedindo para acordar com o corpo de um menino. " Hoje, eu estou muito mais feliz comigo mesmo do que estive a vida inteira. Aquele sentimento desconfortável com que eu vivia desapareceu completamente", afirma Jack.
Há pessoas que não se sentem identificadas com o seu corpo, ou seja, sua identidade de gênero é diferente daquela designada no nascimento e tentam fazer a transição para o gênero oposto através de cirurgia de redesignação sexual.
A sexualidade passou a ser objeto de pesquisa no final do século 19. O que estava fora do padrão foi classificado como patologia, como aconteceu com homossexualidade até 1973, quando a Associação Médica Americana a retirou da categoria de doença.
A transexualidade está hoje num momento importante desse processo. Transexuais vieram à superfície social há pouco tempo e são alvo de muitos preconceitos. Afinal, aceitar a ideia de que um homem deseja ser uma mulher e vice-versa é difícil de ser digerida pelos conservadores, que não aceitam quem escapa dos modelos. Por isso há tanto preconceito e, consequentemente, tanto sofrimento. Mas a exposição que os transexuais estão alcançando mostra que as mentalidades estão mudando.
A luta pela aceitação social e legitimidade legal para a homossexualidade provocou o surgimento de outras organizações interessadas na promoção do pluralismo sexual. O sociólogo inglês Jeffrey Weeks declara: "Não parece mais um grande continente de normalidade cercado por pequenas ilhas de distúrbios. Em vez disso, podemos agora presenciar uma grande quantidade de ilhas, grandes e pequenas… Surgiram novas categorias e minorias eróticas. Aquelas mais antigas experimentaram um processo de subdivisão como preferências especiais, atitudes específicas, e as necessidades tornaram-se a base para a proliferação de identidades sexuais"
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