Retrospectiva 2016: tendências que a moda emplacou e empacou neste ano
Em anos difíceis e com poucas boas notícias é natural que a moda responda com escapismo à turbulência. As pessoas, sem saber, buscam reinterpretar a realidade por meio de suas roupas, adicionando à autoimagem sua memória afetiva, algum símbolo de tempos mais felizes.
Neste ano sem cor e de muita gritaria, foi a música das décadas de aparente liberdade que preencheu passarela e rua. Ao mesmo tempo, o imediatismo inerente ao consumo de massa chegou ao do luxo, como resposta rápida aos desejos mais fugazes do cliente.
Sonhe, compre, grite, realize, seja contra, se posicione. Quem você quer ser hoje? Nunca houve tantos imperativos à solta no universo da moda, tendências que a Folha lista na retrospectiva do que pegou e aquilo que ainda não, mas poderá já em 2017.
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VEM POR AÍ
Bertrand Guay/AFP | ||
Modelo desfila coleção de verão da grife Louis Vuitton, em outubro |
ANOS 1980
Uns dedos a mais nos ombros, borrifo de glitter, um tom mais claro na cor metalizada, uns borrões coloridos nas pálpebras. A depender das passarelas, vide Louis Vuitton, os excessos que já deram as caras neste ano vão ficar mais evidentes
Charles Platiau/Reuters | ||
Modelo desfila criação do estilista italiano Pierpaolo Picciolli para a Valentino |
INTIMIDADE EXPOSTA
A moda de transformar roupa de baixo em roupa de fora chegou ao ápice na última temporada. Sutiãs por cima da blusa, vestidos-camisola e acabamentos típicos da confecção de lingerie devem tomar as vitrines em 2017. Dior e Valentino irão surfar nessa onda
Livraria da Folha
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