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1ª negra a levar Globo de Ouro especial, Oprah pede novo dia para mulheres

Oprah Winfrey fez um discurso emocionante no Globo de Ouro 2018 - Getty Images
Oprah Winfrey fez um discurso emocionante no Globo de Ouro 2018
Imagem: Getty Images

08/01/2018 09h51

Oprah Winfrey se tornou no domingo a primeira mulher negra a ser premiada com um Globo de Ouro especial pelo conjunto de sua obra, e fez um forte discurso em apoio às pessoas que expuseram condutas sexuais irregulares em Hollywood e além.

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Atriz, produtora de cinema e TV, e presidente-executiva de seu próprio canal de TV a cabo, o OWN, Oprah, de 63 anos, foi reconhecida como um exemplo para mulheres e uma pessoa que promoveu personagens mulheres fortes.

A homenagem acontece em um ano em que a premiação do Globo de Ouro, a primeira grande de Hollywood, foi dominada por um escândalo que provocou a queda de dezenas de homens poderosos da indústria, conforme mulheres quebraram anos de silêncio.

Oprah, que assim como a maior parte das convidadas da premiação usou um vestido preto para mostrar apoio às vítimas de crimes sexuais, foi a primeira mulher negra a receber o prêmio anual Cecil B. De Mille, se juntando a Meryl Streep, Steven Spielberg, Barbra Streisand e Sophia Loren, entre outros.

Oprah usou seu discurso para exaltar mulheres que compartilharam suas histórias de assédios ou abusos sexuais, e para declarar que "um novo dia está no horizonte" para meninas e mulheres.

"E quando este novo dia finalmente nascer será por conta de diversas mulheres magníficas, muitas delas neste salão nesta noite, e alguns homens muito fenomenais, lutando duro para garantir que se tornem líderes que nos levem ao momento em que ninguém precise dizer 'eu também' novamente", disse Oprah, se referindo ao movimento nas redes sociais de conscientização sobre assédio sexual.

Oprah foi criada na pobreza por uma mãe solteira e apresentou o aclamado programa de auditório "The Oprah Winfrey Show" por 25 anos, até 2011.

"Eu quero expressar gratidão a todas as mulheres que toleraram anos de abusos e agressões porque, como minha mãe, tinham crianças para alimentar e contas para pagar e sonhos para ir atrás". 

(Reportagem adicional de Jill Serjeant)