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6 fatos sobre sexo para os pais desmistificarem para os filhos adolescentes

Pais devem orientar os filhos de que o sexo da vida real não imita os filmes pornôs - Getty Images
Pais devem orientar os filhos de que o sexo da vida real não imita os filmes pornôs Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

13/05/2016 07h15

Falar sobre a importância de usar camisinha para evitar doenças sexualmente transmissíveis e uma gravidez indesejada é fundamental. No entanto, os pais não devem se limitar apenas a esses tópicos na hora de conversar sobre sexo com os filhos adolescentes. Para que os jovens tenham uma vida sexual saudável no futuro, veja, a seguir, alguns temas que os adultos precisam desmistificar para eles.

  • O sexo da vida real não imita os filmes pornôs

    Hoje, é muito simples para os adolescentes consumirem pornografia na internet. Muitos deles encaram os filmes como um treinamento sexual. Porém, ao perceber que o filho está acessando esse tipo de conteúdo, é essencial lembrá-lo que aquilo é uma encenação e contém altas doses de exagero. "Não pode chegar repreendendo. É melhor dizer que percebeu que ele estava acessando sites pornôs e perguntar o que ele acha dos filmes e se acredita que as pessoas se comportam daquela maneira fora do set de filmagem, por exemplo", diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.

  • O tamanho do pênis não é tão importante

    A educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan, Maria Helena Vilela, conta que muitas das perguntas que chegam ao canal de dúvidas do instituto estão relacionadas ao tamanho normal de um pênis. "É um assunto que aflige muito os meninos, pois o pênis é encarado como um símbolo de masculinidade. Os adolescentes precisam que alguém diga para eles que o órgão deles é normal", fala. Uma abordagem possível é perguntar: 'Na minha época, os meninos tinham muitas dúvidas sobre o tamanho do pênis. Vocês ainda têm isso?'". Se o garoto concordar, os pais têm a deixa que precisavam para dizer que o tamanho influencia pouco no sexo e que o mais importa é a sintonia entre o casal.

  • Sexo não é sacanagem

    Transar não é coisa de menino malandro e menina galinha. Maria Helena explica que se deve evitar relacionar o ato sexual a uma conduta pejorativa ou negativa. O que é bem diferente de estimular uma relação precoce. "O pai não tem de bancar o amigo nem deve pedir detalhes da vida sexual do filho. Mas é necessário que os adultos digam que, se for feito de forma responsável, o sexo é muito bom e importante para os relacionamentos."

  • Ninguém deve fazer nada só para agradar o par

    Pais devem ensinar que não se deve fazer nada que contrarie a própria vontade, apenas para agradar o par. As meninas, em geral, podem se sentir mais vulneráveis e mostrar mais dificuldade de resistir ao serem pressionadas a beijar, transar ou mandar fotos nuas. Mas usar o discurso do medo não é o caminho ("Essa foto vai cair na internet e todos vão rir de você", por exemplo). O melhor é explicar que ela só deve entrar nessa se estiver consciente dos riscos envolvidos e nunca para segurar o ficante ou namorado. "É papel dos pais alertar, contar histórias de vazamentos de fotos, mas sem fazer terrorismo. A adolescente precisa de informação para tomar suas próprias decisões", diz a ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini, do Ambulatório de Sexualidade Feminina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)

  • Pegada não quer dizer pegada bruta

    "Tem de ter pegada". É essa a frase que muitos jovens usam para descrever quem é bom de cama, na atualidade. Mas a pegada pode ter várias conotações e, inclusive, ser relacionada à violência. "Pegada boa só tem quem que se sente seguro no que está fazendo. A boa pegada é carinhosa", diz Carla. Diferentemente do que muitos pensam, sexo não é instintivo, é algo aprendido e que pode ser aperfeiçoado com a ajuda do parceiro.

  • Homem e mulher funcionam de formas diferentes

    Os hormônios sexuais de cada um diferem, por isso a resposta do corpo durante uma transa não é igual para meninos e meninas. Garotas podem demorar mais para chegar ao orgasmo, por exemplo, e precisam ser estimuladas com paciência. "As meninas especialmente precisam entender que não devem fazer papel de bonecas na cama, esperando que os garotos lhes deem prazer. Elas têm de conhecer o próprio corpo e trocar ideias com o parceiro", diz Carolina. Se for difícil para os pais falarem sobre o assunto, eles podem comprar um livro sobre sexualidade e deixar no quarto do adolescente.