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Estudo não encontra ligação entre gripe na gravidez e risco de autismo

Gripe na gravidez não aumenta chances de ter filhos autistas - Getty Images
Gripe na gravidez não aumenta chances de ter filhos autistas Imagem: Getty Images

29/11/2016 11h30

Miami, 28 Nov 2016 (AFP) - Pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre a gripe em mulheres grávidas e o risco de seu filho desenvolver autismo após o nascimento - de acordo com um estudo americano publicado nesta segunda-feira (28).

Algumas pesquisas anteriores apontaram as infecções maternas como uma possível causa do transtorno neurodesenvolvimental, embora outros estudos não tenham encontrado tal ligação.

Publicadas na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA) Pediatrics, as descobertas se basearam em um universo de mais de 196 mil crianças nascidas na Califórnia entre 2000 e 2010.

Mais de 3.100 crianças do grupo tinham autismo, condição que os cientistas acreditam que seja desencadeada por fatores genéticos e ambientais, mas suas causas permanecem mal compreendidas.

Liderado por Ousseny Zerbo, da associação Kaiser Permanente Northern California, o estudo não encontrou nenhuma ligação entre um maior risco de autismo e a gripe durante a gravidez.

Também não encontrou qualquer vínculo entre o autismo e a vacinação contra a gripe durante o segundo e o terceiro trimestres da gravidez.

"Houve uma sugestão de um aumento do risco de Transtorno do Espectro Autista com a vacinação materna no primeiro trimestre", disse o estudo, acrescentando que este resultado "não foi estatisticamente significativo" após os pesquisadores considerarem outros fatores de risco.

Os pesquisadores disseram que, neste momento, não são recomendadas "mudanças nas políticas, ou nas práticas de vacinação", mas que "são necessários estudos adicionais".