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Curta sua gravidez, mas evite atitudes que podem fazer você ganhar fama de chata

Evite narrar todos os acontecimentos de sua gravidez para os colegas de trabalho - Thinkstock
Evite narrar todos os acontecimentos de sua gravidez para os colegas de trabalho Imagem: Thinkstock

Heloísa Noronha

Do UOL, em São Paulo

03/12/2012 07h49

É natural –e merecido– que ao anunciar a gestação a mulher passe a ser alvo de mais cuidados e carinho. Também é sabido que as mudanças hormonais pelas quais a grávida passa afetam não só seu corpo, mas também suas emoções. Em função delas, é esperado que as gestantes fiquem mais emotivas, chorosas, melancólicas e até irritadiças. O problema é que algumas mulheres aproveitam a oportunidade para exagerar. Esquecem-se, por exemplo, da velha máxima de que “gravidez não é doença” e exigem que as pessoas à sua volta fiquem à disposição. Alguns comportamentos podem ser bem irritantes, por isso, se você não deseja levar fama de chata, fique atenta.

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Não torne sua gestação um reality show

“Por mais que o nascimento de uma criança deva ser comemorado, certos detalhes e informações só interessam a um círculo muito restrito de pessoas, composto por familiares próximos e amigos bem chegados”, afirma a consultora de etiqueta e marketing pessoal Célia Leão.

O colega de trabalho da mesa ao lado não precisa ser interrompido a todo instante para saber que seu bebê se mexeu dentro da barriga. Também não é necessário comunicar ao mundo cada roupa comprada para o enxoval, o passo a passo da montagem do quarto e, principalmente, incômodos típicos da gravidez, como vômitos, azia, xixi constante, inchaços e hemorroidas.

Não promova a brincadeira do “põe a mão”

Assim como algumas gestantes não gostam que encostem em sua barriga, há quem tenha aflição. Nem todo mundo fica confortável ao sentir os chutes do bebê ou verificar com a ponta dos dedos que a cabeça da criança está pressionando as costelas da mãe.

Pedir que as pessoas apalpem seios inchados e cheios de colostro (leite inicial, que começa a ser produzido antes de o bebê nascer) também é desagradável. “O melhor é conter o entusiasmo com sua nova forma física e evitar situações constrangedoras”, diz a consultora de etiqueta Lícia Egger Moellwald.

Não abuse de sua condição

A lei assegura diversos direitos à gestante, como atendimento preferencial e assentos reservados em transportes públicos. Isso não quer dizer, porém, que a grávida precisa ser mal-educada ou agressiva ao ver tais benefícios descumpridos, principalmente com quem não tem culpa se outras pessoas não estão respeitando os seus direitos (e de outras gestantes). 

Algumas gestantes costumam exigir uma atenção diferenciada quando não precisam. “Um bom exemplo é aquela que, na loja de artigos para bebês, faz a vendedora mostrar pilhas e mais pilhas de produtos e quer monopolizar as atenções, esquecendo-se de que existem outras grávidas no local, às vezes já no final da gestação, com dores ou desconfortáveis para esperarem em pé”, diz a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira.

Outra dica: se tiver restrições na dieta alimentar, não faça disso um problema dos outros. “Caso seja convidada para um jantar, avise os anfitriões com antecedência”, fala Lícia.

A gravidez semana a semana

  • Arte/UOL

Não exagere na fragilidade

Para Mara Lúcia Madureira, é comum que a mulher evite determinadas tarefas e hábitos com medo de prejudicar o bebê, como carregar peso, realizar serviços domésticos mais difíceis, usar sapatos de salto muito alto, entre outros.

“Até aí, tudo bem, principalmente nos três primeiros meses, os mais críticos. O problema é quando a mulher passa a ter atitudes drásticas, como se recusar a carregar até a própria bolsa”, afirma a psicóloga.

Nesses casos, segundo a especialista, há uma tentativa desastrosa de parecer uma supermãe e de chamar a atenção. “O efeito acaba sendo o contrário, já que toda essa fragilidade acaba incomodando e afastando as pessoas”, diz.

Não banque o ser superior

Evite agir como se a sua gravidez fosse a coisa mais importante do planeta e mudasse o rumo da humanidade. Por maior que seja a sua felicidade, lembre-se que milhões de mulheres nesse exato momento estão na mesma condição que a sua.

“Não abandone os assuntos que tinha antes de engravidar, como cinema, livros, música, nem despreze o que as pessoas têm para lhe contar”, declara Célia Leão. A dor de cotovelo do seu irmão e o projeto novo da sua melhor amiga merecem sua consideração. Nada de magoar os outros só porque está atravessando um momento importante na vida.