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Pais comemoram alta de mais dois dos quíntuplos; "time está quase completo"

Pais estão ansiosos para poder cuidar de todos os bebês em casa - Thamires Andrade/UOL
Pais estão ansiosos para poder cuidar de todos os bebês em casa Imagem: Thamires Andrade/UOL

Thamires Andrade

Do UOL, em São Paulo

03/07/2015 15h04

 

Karina Bárbara Barreira e João Biagi Júnior, pais dos quíntuplos, comemoram a alta de mais dois bebês, nesta sexta-feira (3), do hospital Sepaco, em São Paulo. Laís (2,74 kg) e Giulia (2,13 kg) ultrapassaram 1,8 kg, peso mínimo necessário para deixarem a maternidade e se juntarem aos irmãos Arthur e Gabriela, que já estão em casa desde 15 de junho. Os bebês nasceram em 13 de abril, com quase sete meses de gestação. "Estamos ansiosos para ver todos juntos. O time já está quase completo", afirma Karina.

A recuperação de Giulia chamou a atenção da equipe médica, já que ela foi a responsável pela antecipação do parto. De acordo com a pediatra intensivista neonatal Natália Rodriguez, é normal que os bebês que passaram por sofrimento intraútero tenham uma evolução mais rápida que o esperado. “Ela estava mais adaptada que os demais, principalmente para situações de estresse. É comum que esses bebês ganhem peso mais rapidamente e não precisem de oxigênio por muito tempo", explica Natália.

A única bebê que permanece no hospital é Melissa (2,48 kg). Segundo a pediatra, ela vai continuar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por ainda apresentar uma pequena dependência de oxigênio. "A previsão, se tudo correr bem, é que ela faça o 'desmame' do oxigênio em uma semana e possa ter alta", afirma Natália.

Casa próxima ao hospital

A família, que vive em Santos (SP), encontrou uma casa mobiliada perto do hospital, pois assim os pais podem se dividir nos cuidados com as crianças. "Até então, de manhã, ficava em casa com o Arthur e a Gabriela e, à tarde, vinha para o hospital para cuidar da Melissa, da Laís e da Giulia. À noite, aproveitamos o tempo que dá para cochilar", conta a mãe.

"Com dois está sendo tranquilo, mas, com quatro, vou ver como será, né? Até porque ainda terei de continuar vindo para o hospital para ficar com a Melissa. Vamos precisar criar uma nova rotina até todos se adaptarem", afirma Karina.

O casal conta com a ajuda da avó paterna para auxiliar nos cuidados com as crianças. "Tudo está sendo um desafio para a gente, mas estamos dando conta. É um trabalho de equipe. A gente dá banho, troca fralda, dá mamadeira, tudo junto. É uma sincronia muito boa e que está dando certo. Estou ansiosa para ver como será com os quatro em casa", afirma a mãe.

Além de manter todos os cuidados que qualquer criança recém-nascida precisa ter, a mãe dos quíntuplos ainda precisará dividir o leite materno entre todos os filhos. "Não dá para ter mamada para todos, portanto, fui instruída a intercalar, para que cada um receba o meu leite de uma a duas vezes ao dia. Depois, complementamos com a fórmula", explica Karina.

Ela já não confunde os bebês, pois diz que cada um tem uma personalidade. "O Artur é bem quietão, e a Gabriela é mais gulosinha, quer o peito só para ela. Eu falo: 'filha, tem mais quatro aí'. A Laís é do tipo 'não me toque', bem na dela. A Giulia (gêmea idêntica da Gabriela) é mais tranquila, e a Melissa é um encanto, é aquela do olhar meigo", conta.

Para João, um de seus maiores desejos é retornar com todos para o litoral paulista. "Estamos desde março longe da nossa casa e da família. O quarto deles ficou pronto, mas a gente ainda não viu. Não vemos a hora de voltar com todos", afirma.

Ainda desempregado, ele conta que pretende voltar a procurar emprego assim que os filhos saírem do hospital. "Não tinha como deixar a Karina sozinha, mas voltar para a casa facilitará as coisas. A gente vai conseguir se organizar com a família, para que todos nos ajudem enquanto corro atrás de alguma oportunidade", diz.