Topo

Na casa de Flávia Alessandra, celular fica longe da mesa de jantar

Para manter a ordem em casa, Flávia Alessandra não deixa que os celulares fiquem acessíveis na hora da refeição - Fabio Nunes/Divulgação
Para manter a ordem em casa, Flávia Alessandra não deixa que os celulares fiquem acessíveis na hora da refeição Imagem: Fabio Nunes/Divulgação

Thamires Andrade

Do UOL, em São Paulo

06/10/2016 17h13

Na casa de Flávia Alessandra, há um combinado sagrado para a hora do jantar: celulares ficam fora do alcance e a TV desligada. Mãe de duas meninas, Giulia, 16, e Olivia, 6, a atriz participou de evento para divulgar os resultados da pesquisa "Infant and Kids Study", encomendada pela Nestlé, nesta quinta-feira (6), em São Paulo. De acordo com o estudo, feito na Grande São Paulo com 1.000 crianças de até 12 anos, 54% delas passam mais de quatro horas na frente de telas. Entre o público mais velho, de sete a 12 anos, o percentual é ainda maior, 75%.

"Não conseguimos almoçar todos juntos, mas toda a família se reúne no jantar. Por isso, a gente deixa o celular longe. Quando fica perto, nós nos esquecemos e ficamos mexendo no aparelho, pois é um hábito checar se tem mensagem", afirma Flávia.

Apesar da preocupação, Flávia diz que tenta fazer com que a tecnologia não vire um bicho papão quando se trata da educação das crianças. “Ela está inserida na sociedade e precisamos saber lidar com esse novo fator. Além de estipular um tempo de uso, os pais também podem buscar aplicativos para se divertir com os filhos. Eu, a Giulia e a Olivia temos um em que atuamos em videoclipes, como se fossemos a Beyoncé e a Katy Perry. Ficamos lá pulando, brincando, e a tecnologia está inserida nisso”, fala.

Outro dado apresentado pela pesquisa é que uma em cada duas crianças de até 12 anos está acima do peso, sendo que mais da metade delas está sedentária. Para Flavia, as crianças aprendem pelo exemplo, por isso ela sempre incentiva a prática de atividade física entre as filhas. “Quando você estimula desde pequeno, cria raízes e elas não veem o exercício físico como uma obrigação. Adoro fazer trilhas e caminhadas, sempre penso em um percurso fácil para que eu possa levar minha mais nova com a gente. A minha mais velha faz ginástica e está tomando gosto pela corrida”, conta.

O estudo também registrou que 33,5% das crianças, na faixa entre quatro e 12 anos, consomem mais gordura do que a recomendação diária nas refeições. O alto consumo de sódio entre as crianças de nove a 12 anos também foi observado, enquanto o de cálcio e de vitaminas A, C, D e E está muito abaixo do indicado.

Para a atriz, é importante manter uma alimentação saudável no dia a dia das crianças e, mais uma vez, o exemplo dos pais faz toda a diferença nesse aspecto. “Quando eu e o Otaviano casamos, a Giulia tinha seis anos. Antes, não entrava refrigerante em casa durante a semana, mas, quando fomos morar juntos, ele tomava todos os dias e não queria parar. Depois de uns dois meses, conversamos que aquilo não estava dando certo, pois não deixava a Giulia tomar, mas ela o via bebendo. Desde então ele deixou o refri só para o fim de semana e foi uma ótima mudança para vida de todos”, diz.

Flavia afirma que procura deixar a geladeira abastecida com opções saudáveis, como frutas e iogurtes. “Alimentando-se direitinho durante a semana, dá para manter o equilíbrio e comer coisas gostosas no fim de semana. Ainda que minhas filhas comam bem, sempre tem um desafio: a Giulia só gosta de peixe e a Olivia prefere carne vermelha. Para lidar com isso, sempre oferto carne vermelha para uma com diferentes formas de preparo e o peixe para a outra”, afirma.