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Babá doa fígado e salva a vida de bebê nos EUA

Kiersten e Talia depois da cirurgia - Facebook/ Kiersten Miles
Kiersten e Talia depois da cirurgia Imagem: Facebook/ Kiersten Miles

Do UOL

01/02/2017 18h43

Os pais de Talia Rosko, 1 ano e 4 meses, não imaginavam que, ao contratar uma babá, salvariam a vida de sua filha. Com apenas três semanas de trabalho na casa da família, na cidade americana de Jackson, nos Estados Unidos, Kiersten Miles, 21, decidiu doar parte de seu fígado para a menina, diagnosticada aos dois meses com atresia biliar, uma séria doença no fígado.

Farra e George Rosko ouviram dos médicos que, sem transplante, Talia não chegaria aos dois anos de idade. De acordo com o relato da babá ao canal de TV americano New York's PIXX 11, ela se apegou rapidamente à criança e quis realizar os testes para verificar a compatibilidade. E o resultado foi positivo.

A mãe de Talia disse que alertou Kiersten de que o transplante não seria simples como uma doação de sangue. Mas foi surpreendida. "Ela me respondeu algo como 'Já fiz os testes. Sou compatível".

Após essa primeira conversa, Farra raramente falava sobre o assunto, apenas quando a babá tinha uma atualização do processo. "Eu não queria que ela sentisse qualquer tipo de pressão", explicou.

Além da bateria de exames, que levou cerca de seis meses, os médicos explicaram que se Kiersten quisesse fazer algo semelhante no futuro por um filho, por exemplo, não poderia. Mas isso não a impediu. "Podendo ajudar, não consigo imaginar não fazer nada em uma situação como essa", disse ao canal de TV.

As cirurgias aconteceram no dia 11 de janeiro deste ano e foram bem-sucedidas. Nove dias depois Talia teve alta - o tempo médio de recuperação em hospital é de 14. A menina e sua babá estão bem. Ficaram apenas as cicatrizes - que devem ficar menos evidentes com o tempo - e as consultas de acompanhamento pós-operatório. "Não há palavras que sejam boas o bastante para retribuir o que ela fez por nós", disse a mãe da menina, hoje com 1 ano e 4 meses.

Para a babá, a experiência mudou sua vida. Ela espera que a divulgação do caso conscientize as pessoas sobre a doação órgãos. "Foi um sacrifício pequeno comparado ao fato de ter uma vida".