"Barbie cadeirante" para de ser produzida pelo motivo mais irônico possível
Em 2016, a Mattel –empresa que produz a Barbie—anunciou que ia diversificar o mundo da boneca, com novas cores de pele e tipos de corpo, para torná-la mais realista. O mesmo discurso foi adotado em 1997 quando se lançou Becky, a amiga cadeirante da Barbie.
Segundo o site “Pri”, que reúne informações sobre a programação das emissoras de rádio públicas dos Estados Unidos, Becky deixará de ser produzida por não caber na Dreamhouse, a emblemática casa da sua amiga mais famosa.
Becky não passa pelas portas da casa da Barbie nem consegue entrar no elevador. Se a Dreamhouse fosse da cadeirante, ela não poderia lavar louça, já que não como a sua cadeira encaixar sob a pia da cozinha.
A questão principal é que a inacessibilidade foi constatada logo após o lançamento de Beck. Na época, após ativistas pelos direitos das pessoas deficientes se manifestarem, a Mattel disse que adaptaria a casa e todos os acessórios Barbie, para que a personagem pudesse efetivamente participar da “vida” da amiga.
De acordo com o site “Pri”, recentemente, o produtor Renee Gross fez um teste. Comprou uma versão atualizada da Dreamhouse e uma Becky e levou os itens para Monique Kulick, uma advogada especializada nos direitos dos deficientes. Juntos, eles constaram que a boneca continuava sem caber na casa, mesmo 20 anos depois de seu lançamento.
A Mattel informou que, por enquanto, Becky deixará de ser produzida, mas há a intenção de trazê-la de volta, com uma cadeira menor, possível de transitar pela casa da Barbie.
“Existem muitas maneiras de pensar sobre deficiência, mas falamos sobre consertá-las, em vez de colocar o foco em ‘consertar’ a sociedade”, afirmou a blogueira Karin Hitselberger, que tem paralisia cerebral e usa cadeira de rodas, para o “Pri”. Becky não chegou a ser vendida no Brasil.
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