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Este pai tem um segredo para bebês pararem de chorar que funciona! Aprenda

Vivian Ortiz

Do UOL, em São Paulo

27/04/2017 17h43

Ver seu recém-nascido chorar copiosamente, e não ter muita noção de qual é o motivo, costuma ser fonte de desespero para muitos pais. O escritor Daniel Eisenman, no entanto, descobriu um jeito bem simples de fazer sua filha, a pequena Divina, parar com o berreiro: um simples som do mantra Om.

Em um vídeo, transmitido ao vivo na última sexta-feira (21) em seu Facebook, ele aparece deitado ao lado do bebê, que está chorando bastante. No entanto, após alguns segundos do mantra, Divina se acalma tanto a ponto de fechar os olhos, como se fosse dormir. Afinal, porque fazer esse tipo de som funciona?

De acordo com a psicóloga perinatal Luciana Rocha, que é autora do programa "Tons da Maternidade", o tipo de barulho feito por Eisenman, de alguma forma, se assemelha aos sons ouvidos ainda dentro da barriga da mãe pela criança, seja pelo tom, vibração, volume ou repetição. "Por isso, esses ruídos tendem a acalmar os bebês, especialmente, os mais novos", ressalta.

Silêncio só aqui fora

A especialista lembra que o útero, na verdade, é um lugar bastante barulhento--com um som parecido com o de um secador de cabelos ligado--e que tem percebido que, muitas vezes, o silêncio excessivo costuma ser mais um desespero dos pais, de que o sono do bebê possa ser interrompido e eles não consigam acalmar a criança e fazê-la dormir novamente, do que uma real necessidade.

No entanto, isso não significa que é ok levar o bebê a um show de rock, por exemplo. "Ressalto que estou falando de barulhos cotidianos, aqueles que estamos acostumados e que também não atrapalham o sono dos adultos", diz Luciana.

Para ela, não existe comportamento certo ou errado, mas é fato que o bebê não precisa de um ambiente completamente silencioso, como tendíamos a fazer e fomos replicando. "O que a criança precisa é de um lugar respeitoso e harmonioso. Nada em excesso é bom para ninguém, nem para o bebê recém-nascido", diz.

Segundo a especialista, a criança se adapta muito melhor do que nós, adultos, ao ambiente que lhe é ofertado. "E é nesse ambiente que ele buscará apoio e segurança sempre que precisar", avalia. Por isso, vale muito a pena lançar mão de recursos sonoros, assim como fez Daniel.