Topo

Karina Bacchi investe R$ 35 mil para ter o filho nos EUA; veja o processo

Amanda Serra

Do UOL

10/07/2017 17h58

Karina Bacchi, grávida de seu primeiro filho, fruto de uma fertilização in vitro, anunciou na última semana que dará à luz "baby Bacchi" em Miami, nos EUA. Para isso, a musa fitness investiu cerca de R$ 35 mil – estão inclusos neste valor os serviços de pediatria, obstetra e a documentação da criança. Intercorrências médicas (complicações, internações na UTI), se necessárias, serão pagas à parte.

A escolha de Karina foi motivada pelas futuras oportunidades que o garoto terá. “Eu tenho cidadania italiana e sei o quanto é positivo. Quero que meu filho tenha múltipla cidadania. Tudo está sendo feito dentro da legalidade e escolhi Miami, pois aqui também tenho todo suporte médico, além de familiares e amigos. Me sinto amparada e tranquila”, afirmou Karina em entrevista ao UOL. Os pais da atriz acompanharão o parto. 

A ideia de ter o bebê em Miami tomou forma em maio, quando Karina foi aos EUA fazer o enxoval do bebê. Lá, ela conheceu a equipe da cooperativa “Ser Mamãe em Miami”. “Também já tinha recebido indicações de amigas e conhecidas que fizeram o parto com eles, por isso me sinto bastante segura sobre a escolha e, até o momento, muito satisfeita com o atendimento e os médicos que estão realizando o acompanhamento da gravidez na reta final”, diz a apresentadora.

À frente do serviço que existe há dois anos, o pediatra e diretor Wladimir Lorentz é responsável pela equipe composta por profissionais que dominam a língua inglesa, portuguesa e espanhola. A empresa é pioneira em atender pacientes internacionais e, além do parto, eles também oferecem cuidados para crianças que estejam passando férias com a família em solo americano.

“Esse cuidado é fundamental para que as pacientes possam se sentir seguras durante todo o processo, que envolve consultas, pré-natal, parto, pós-operatório e todo o serviço de pediatria”, explica Lorentz.

O valor é o mesmo cobrado de pacientes que residem nos Estados Unidos. Entretanto, o investimento total pode variar de acordo com o tipo de parto escolhido, no caso de cesariana, o valor salta para cerca de R$ 42 mil. A administradora de empresas Mariana Gonçalves Nakayama, por exemplo, optou por uma cesariana na maternidade Pro Matre Paulista em São Paulo e se não fosse o convênio médico particular, o gasto seria de R$ 20 mil - com serviços médicos, anestesia e três dias de hospedagem. "É caro, muito caro".

O filho de Karina nascerá no Hospital Miami Medical Center, de parto natural, provavelmente na primeira quinzena de agosto e o obstetra colombiano Ernesto Cardenas conduzirá o processo. A apresentadora chegou a comparar o que gastaria para ter o bebê no Brasil e nos EUA, e no fim percebeu que o total ficaria bem próximo. "Amo ser brasileira e ele também será. É apenas mais uma opção", frisou a musa fitness.

Apesar de ter duas opções de nomes, Karina está esperando para ver a carinha do neném para decidir. "Recebo esta pergunta constantemente. Quanto a isso, sem problemas. O que me incomoda é quando acham estranho ainda não ter escolhido. É claro que tenho alguns nomes em mente, mas quero ver o bebê antes de definir".

Vale lembrar que os "bebês âncoras" (como são chamados os filhos de estrangeiras que nascem nos EUA) foram tema de debate na campanha presidencial de Donald Trump em 2016. O presidente pretende restringir a prática no país.

Ter o filho nascido nos EUA dá algum direito aos pais? Alexandre Piquet, advogado brasileiro atuante nos EUA há 20 anos, especialista em direito imigratório, responde:

1. Filho de brasileira que nasce nos EUA já tem cidadania no mesmo instante? 

Sim, quem nasce em solo americano é cidadão americano, mas apenas ao completar 21 anos é que pode pleitear algum benefício para pais e irmãos.

2. Quais os direitos e deveres como cidadão americano?

O cidadão americano pode estudar em escolas públicas, utilizar programas de governo e até votar. O voto e o alistamento militar não são obrigatórios.

3. A entrada no país é normal para quem pretende dar à luz nos EUA? Pode-se dizer isso na hora da imigração?

Sim, pode e deve dizer a verdade na entrada, que está vindo para receber tratamento médico particular e fazer o parto nos EUA, é perfeitamente legal o procedimento desde que seja todo pago pela gestante, sem nenhum auxílio de benefícios do governo. O médico obstetra do país de destino ou o hospital escolhido para o parto podem fornecer uma carta de responsabilidade comprovando o atendimento e se responsabilizando pela futura mamãe.

4. Quando o bebê pode voltar ao Brasil, quais documentos solicitados?

A criança pode retornar ao Brasil assim que tiver alta médica para viajar e precisará do documento internacional de viagem que pode ser o passaporte americano e/ou brasileiro, ambos podem ser emitidos em solo americano via protocolo junto ao Departamento de Estado Americano e Consulado Brasileiro respectivamente.

5. Em algum momento da vida dele ele terá que escolher alguma das cidadanias?

Não há necessidade de optar por uma, ele pode permanecer com dupla ou múltipla cidadania.

6. Como ficam os impostos?

Ele deverá reportar à Receita Federal americana anualmente os seus rendimentos no exterior (no Brasil por exemplo) mesmo que não haja diferença de IR a ser recolhida. Isso acontece a partir do momento que a pessoa tiver rendimentos em qualquer lugar.

7. Até quantas semanas uma grávida pode viajar para o exterior? A companhia aérea pede algum documento?

Normalmente, a companhia aérea que impõe esses limites devido à responsabilidade deles caso o parto aconteça em pleno voo. Não existe lei nenhuma que proíba a entrada de grávidas nos EUA, independente do momento da gestação. Como precaução o ideal é que o médico, que realizou o acompanhamento pré-natal e a gravidez no país de origem, redija uma carta para companhia aérea alegando que a paciente se encontra em plenas condições de embarcar nas datas marcadas.

 

A post shared by Karina Bacchi (@karinabacchi)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

on