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7 perguntas que você deve fazer antes de matricular seu filho na escola

 A relação entre a instituição e os pais deve ser a mais transparente possível - Getty Images
A relação entre a instituição e os pais deve ser a mais transparente possível Imagem: Getty Images

Carolina Prado

Colaboração para o UOL

04/10/2017 04h00

Pais só devem fechar negócio com uma escola ao avaliar bem o local em que o filho vai passar boa parte do dia. A relação entre a instituição e os pais deve ser a mais transparente possível. Por isso, questões como segurança, regras e linha pedagógica devem ser esclarecidas já no primeiro contato.

1. Como a escola se preocupa com a segurança dos alunos?

É importante saber quem são os funcionários responsáveis pela segurança dos alunos e como é feita a conferência das pessoas autorizadas a retirar a criança da escola. Também é fundamental avaliar as condições físicas, como os brinquedos, as salas, mesas, cadeiras, sanitários, piscinas, escadas, corrimãos, quadras esportivas e por aí vai. “Todos os ambientes da escola devem estar adaptados à idade e condições físicas das crianças. É importante que a instituição obedeça às normas legais de segurança”, diz Bruno Rafael Benini, coordenador de curso em Escola Técnica Estadual.

2. Quais são as regras gerais da escola?

Toda escola deve tratar suas regras de forma transparente desde o início, para que não haja discordância e insatisfação da família durante o ano letivo. “As regulamentações são diferentes para cada instituição escolar, como o uso de uniformes, dia do brinquedo, alimentação, entre outros. Isso precisa ficar bem claro para que depois não haja imprevistos”, explica Caroline Costa e Silva, pedagoga e coordenadora de escola de educação infantil. Os horários também devem ser passados aos pais, bem como a esperada participação deles na escola.

3. Quais são os custos?

Os pais precisam ter acesso aos valores cobrados anualmente: mensalidade, matrícula, alimentação e serviços adicionais - escolinha de esporte, por exemplo. Assim, podem verificar se são coerentes com a condição financeira da família, diz Rosimeire Marques, coordenadora pedagógica . Os pais também podem solicitar, previamente, as listas de materiais para avaliar se o que a escola solicita está adequado pedagogicamente e se os valores não são exagerados. 

4. Qual é a linha pedagógica?

A abordagem pedagógica tem muito a ver com o que a família acredita. Ainda que você não conheça diferentes linhas pedagógicas, pode perguntar como funciona, quais são as vantagens para o desenvolvimento do seu filho e por que eles acreditam que a abordagem que escolheram é melhor do que as outras. “É importante para que a família esteja ciente da dinâmica e foco trabalhado e, assim, dar continuidade em casa, formando uma parceria”, explica Rosimeire.

5. Que tipo de conteúdo os alunos têm?

É dever da escola informar e quase que uma obrigação dos pais perguntar, diz Celso Antunes, professor e membro fundador da entidade “Todos pela Educação”. “Não é discutir esses conteúdos, porque muitas vezes o pai não é um profissional da área, mas saber se é difícil, qual a nota média e quantas horas de estudo seria necessário o aluno se dedicar”, fala Antunes. Além disso, a escola precisa apresentar às famílias o que a criança tem de desenvolver de acordo com a faixa etária.

6. O que acontece em caso de faltas e atrasos?

Imprevistos acontecem e nem sempre dá para chegar na hora. “Esses atrasos, mesmo que não ocorram com frequência, podem gerar uma taxa extra, a depender da escola. Portanto, devemos saber o valor adicional cobrado para não termos uma notícia desagradável no final do mês”, explica Caroline Costa e Silva. Em relação às faltas, varia de acordo com a idade, mas é preciso perguntar de que forma interferem no desenvolvimento da criança, pensando na parte pedagógica e se há tolerância máxima.

7. Qual a posição da escola sobre o bullying?

O bullying tem crescido muito nos últimos anos e pode acontecer com qualquer criança e adolescente, em qualquer contexto social, principalmente nas escolas. “Quando o estabelecimento escolar não cria políticas antibullying, as crianças podem apresentar queda do rendimento escolar, doenças psicossomáticas e traumas. É preciso perguntar como o assunto é abordado e como trabalhar em parceria”, fala Rosimeire Marques.