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Em novo livro, Gabrielle Union conta que sofreu "8 ou 9" abortos e estupro

A atriz Gabrielle Union - Getty Images
A atriz Gabrielle Union Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/10/2017 21h32

Estrela de comédias românticas dos anos 1990, como "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você" e "As Apimentadas", a atriz norte-americana Gabrielle Union fez revelações bombásticas em seu novo livro, "We're Going To Need More Wine", ou "Nós vamos precisar de mais vinho", em tradução livre. 

"Eu tive oito ou nove abortos", escreveu a atriz de 44 anos, que é casada com o astro da NBA, Dwayne Wade, 35, desde 2014. "Por três anos meu corpo foi prisioneiro de tentativas de engravidar - eu vivia entre estar prestes a fazer fertilização invitro (IVF), no meio de um ciclo de IVF ou saindo de uma IVF". Mesmo depois de três anos de incontáveis processos de fertilização e estar constantemente inchada pelo hormônios, ela e Wade "continuaram cheios de amor e prontos para fazer qualquer coisa para encontrar a criança com a qual sonharam", escreveu. 

Gabrielle Union e Dwayne Wade - Getty Images - Getty Images
Gabrielle Union e Dwayne Wade
Imagem: Getty Images

"Para muitas mulheres, e não apenas aquelas que estão sob os holofotes, as pessoas se sentem no direito de perguntar: 'você quer ter filhos?'. E essas mulheres, especialmente as que têm problemas de fertilidade, apenas respondem 'não', porque é muito mais fácil do que ser sincera e se abrir sobre o que está acontecendo. As pessoas têm boas intenções, mas não têm ideia dos danos e frustrações que podem causar". 

Dwayne Wade também comentou as revelações da mulher: "Minha mulher é uma pessoa muito forte", escreveu ele aos seus mais de 7 milhões de seguidores.

 

Abuso sexual

"A maneira como meu pai me olhou depois [que ele soube do estupro], oh meus Deus, ainda é um pesadelo", escreveu ela sobre o estupro que foi vítima aos 19 anos. Gabrielle foi abusada dentro de uma loja em que trabalhava. "Eu processei a Payless [loja de departamentos em que trabalhava], mas eu queria processá-los pelo jeito que meu pai me olhava. Aquele olhar significava: estragada. Vítima. Culpa. Medo. Eu era a filha que eles se orgulhavam. Tinha boas notas, era uma perfeita atleta. E depois daquele momento, eu estava estragada", conta. 

Vinte e quatro anos depois, o medo ainda influencia tudo o que eu faço"

Gabrielle processou a loja porque seu agressor tinha sido identificado por um roubo em uma das lojas da rede antes do estupro, mas a empresa falhou em alertar os funcionários. O homem foi preso e sentenciado a 33 anos de prisão. "Depois que fui estuprada, não saí de casa por um ano a não ser que tivesse que ir ao tribunal ou à terapia", escreveu.