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Balde ou banheira? Faça a melhor escolha para dar banho no seu filho

Gabriela Guimarães e Carolina Prado

Colaboração para o UOL

20/12/2017 04h00

Um bom banho, além de importante para a higiene, é um ritual terapêutico. E se você percebe que a água quentinha ajuda a relaxar, saiba que o seu bebê sente o mesmo. Porém, entre o balde (também conhecido como ofurô ou baby tub) e a banheira convencional, há algumas diferenças. Confira, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre os dois métodos:

Bebê tomando banho no balde - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images
Balde

Por que é bom: em geral, tem efeito calmante ainda maior. Ao sentir-se envolvido pela água por todos os lados, o bebê relembra a sensação que tinha quando estava no útero. Tanto que a técnica é bastante utilizada em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e tem se mostrado muito eficaz para tranquilizar recém-nascidos e evitar problemas como cólicas, agitação e insônia.

Para quem é indicado: para bebês de até, aproximadamente, 6 meses. Depois, dificilmente ele se sentirá confortável no balde, por conta do espaço limitado.

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Como usar: coloque pouca água no balde -- quando o bebê se sentar, ela não deve ultrapassar a altura do ombro. É importante que a temperatura fique em torno de 36ºC ou 37ºC. Limpe o bebê como costuma fazer ao trocar a fralda (com algodão ou lenço umedecido) e coloque-o no balde com cuidado, deixando pescoço e cabeça livres, pois é nessas áreas que você vai segurá-lo. O ideal é uma pessoa segurar o bebê e a outra dar o banho.

Principais cuidados: suas mãos devem sustentar a cabeça do bebê o tempo todo (não precisa puxá-la para cima, basta segurá-la). Jamais deixe-o sozinho no balde, mesmo quando ele já tiver condições de sustentar a cabeça sem apoio. Também é importante colocar o balde em um local confortável e com estabilidade, para não correr o risco de o ofurô tombar. Por fim, lembre-se de dar banho em um ambiente aquecido e deixar uma toalha sempre à mão.

Evite: se perceber que, em vez de ficar relaxado, o bebê chora e fica inquieto e incomodado, interrompa o banho. Nem todas as crianças se adaptam bem ao balde.

Bebê tomando banho na banheira - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images
Banheira

Por que é bom: também cumpre as funções de limpar e colaborar para o relaxamento do bebê. Especialmente nos primeiros dias de vida, pode ser uma opção mais prática, pois é comum que os pais ainda se sintam inseguros quanto à melhor forma de segurar e movimentar o bebê.

Para quem é indicado: tanto para recém-nascidos quanto para crianças maiores. 

Como usar: encha a banheira com a água do chuveiro, certificando-se de que a temperatura esteja adequada e repondo quando necessário (a água esfria mais rapidamente, então a checagem deve ser constante). Ela não deve ficar muito cheia. Depois de limpar o bebê, como costuma fazer ao trocar a fralda (com algodão ou lenço umedecido), comece o banho com o recém-nascido virado para a água. Assim, ele vai se sentir mais seguro e confortável. O ideal é que as mãos e o braço de um dos adultos sustentem a criança por inteiro. Conforme o bebê vai crescendo, é possível colocá-lo meio sentado ou até sentado na banheira. Se os pais não têm muita prática, artifícios como redes e ninhos (boias) podem ajudar. Porém, quando o bebê ficar um pouco maior, o ideal é retirar esses objetos, para que ele tenha mais espaço.

Principais cuidados: enquanto o bebê ainda não senta, dá para deixar a banheira em suportes elevados. Mas depois que ele já se sustenta sentado, é preciso tirá-la do suporte e colocar a banheira no chão, para minimizar o risco de acidentes. E mais: preste atenção às condições da banheira: ela não pode ter rachaduras. Além de machucarem a pele sensível bebê, essas ranhuras podem atrair bactérias e fungos.

Evite: se a criança não se sente segura e chora demais na hora do banho, tente o balde. O ideal é observar as reações do seu filho e respeitá-las.

Vale para os dois

Algumas dicas são importantes tanto para o banho de banheira quanto para o de balde:

  • Aproveite para interagir com o bebê. A mãe pode dar o banho e o pai, retirar e secar a criança, ou vice-versa. Vale conversar com seu filho, colocar uma música calma e cantarolar, desde que ele manifeste estar gostando. A ideia é que seja um momento prazeroso para todos.
  • Toalhas de algodão são mais macias e secam melhor a criança. As de tecido de fralda são ideais. Os pais devem passar cuidadosamente a toalha em todas as dobrinhas, uniformemente, para evitar assaduras.
  • Nunca descuide de seu filho no banho. Até mesmo uma quantidade bem pequena de água pode ser o suficiente para afogar um bebê.
  • Não deixe que ele beba a água da banheira ou do balde.
  • Guarde o celular bem longe do banheiro, para não se distrair e não correr o risco de causar um acidente.
  • Ao término de cada banho, limpe a banheira ou o balde com água quente -- ferva a água e lave os recipientes com ela. Caso queira higienizar com álcool, lembre-se de jogar água quente na sequência e tirar os resíduos. Crianças pequenas não têm muitas defesas no organismo e, por isso, são mais suscetíveis a alergias.

 

Fontes: Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra e neonatologista, membro da Sociedade Americana de Pediatria. Kelly Cristina Romani Moura, pediatra e neonatologista. Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein e do Instituto Saúde Plena. Cylmara Gargalak Aziz, gastropediatra do Hospital Sírio Libanês.