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Saiba quais as principais dores dos bebês por idade e o que fazer

Entenda a mensagem que o choro do seu filho está passando - Getty Images/iStockphoto/kirza
Entenda a mensagem que o choro do seu filho está passando
Imagem: Getty Images/iStockphoto/kirza

Bárbara Therrie

Colaboração com o UOL

01/01/2018 04h00

Toda dor é sinal de alerta. Por isso, é importante que os pais fiquem atentos às reclamações dos filhos. Mas e no caso dos bebês? Como identificar o que eles estão sentindo? Quais dores são mais comuns nos primeiros anos de vida? O que fazer para aliviar os incômodos?

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Consultadas pelo UOL, Catarina Fagundes, pediatra da Casa de Saúde Santos, e Sandra Caíres Serrano, coordenadora do Comitê de Dor em Pediatria da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, esclarecem dúvidas:

0 a 6 meses

Dores mais comuns: Otite e dor por refluxo gastroesofágico. A principal dor é a cólica.

Como identificarA cólica do lactente é acompanhada de um choro agudo, vigoroso, contínuo e intenso. As crises duram até três horas por dia, em mais de três dias na semana, durante um período mínimo de três semanas. Normalmente, o choro é inconsolável e não cessa apesar do carinho e conforto dos pais.

Agitados, os bebês costumam encolher e esticar as pernas, ficam com os olhos bem fechadinhos, a sobrancelha franzida e a barriga dura. Além disso, eles podem ter suor excessivo e apresentar rubor facial com palidez ao redor da boca ou lábios arroxeados.

O que fazer: Evite oferecer chupetas e chás de ervas, verifique se a técnica da mamada está sendo feita de maneira adequada e não troque intempestivamente o leite materno. Outra dica é fazer compressas mornas, massagens na barriga no sentido horário do trânsito intestinal e a "bicicletinha", que consiste em flexionar e estender as pernas da criança.

Estimular o contato físico, ouvir músicas suaves e priorizar ambientes calmos também ajudam a minimizar as cólicas. As mães devem prestar atenção aos alimentos e bebidas que ingerem no período de amamentação e, restringir o consumo de cafeína, chocolate e refrigerante.

O bebê deve ser avaliado pelo pediatra que indicará o melhor tratamento.

6 meses a 1 ano

Dores mais comuns: Dor abdominal. A principal dor é a erupção dentária (nascimento dos dentes)

Como identificar: A gengiva do bebê fica inchada e mais vermelha do que o normal. Nesta fase, ele tende a babar bastante, sugar os dedos e levar tudo a boca na intenção de coçar a região. Os cuidadores também podem notar uma irritabilidade maior, com choros mais manhosos e fracos, o dia inteiro.

Outros sinais e sintomas: fricção gengival, redução do apetite, edema e hiperemia gengivais, sangramentos locais e alterações do sono. O diagnóstico é feito por meio de exame físico e avaliação geral da criança.

O que fazer: Uma opção para aliviar o desconforto é oferecer um mordedor gelado (aqueles que podem ser guardados na geladeira). Outra alternativa é fazer um picolé de leite materno ou de alguma fruta pura sem adição de açúcar.

Dependendo do quadro do seu filho, o pediatra pode receitar alguns compostos em gel que possuem medicamentos.

1 ano a 2 anos

Dores mais comuns: Dores funcionais, alterações de crescimento, acidentes e traumas. A principal dor é a por acometimento viral.

Como identificar: Os acometimentos virais respiratórios acompanhados de sinais como nariz escorrendo, febre, tosse, dores de cabeça e no corpo são comuns, pois nessa faixa etária as crianças já andam, engatinham e, com frequência, levam as mãos a boca. Existem vírus que também acometem o sistema digestivo, causando diarreia, vômitos e perda de apetite. Nesses casos, o comportamento da criança pode variar, algumas ficam mais chorosas e outras mais quietas e necessitando de colo.

O que fazer: Inalação ou lavagem nasal com soro fisiológico ajuda a fluidificar a via aérea reduzindo os incômodos. Os pais também devem investir em hidratação com bastante água e frutas com alta porcentagem de líquido, como melancia, melão, laranja (rica em vitamina C), além de uma alimentação leve e saudável. A consulta ao pediatra é imprescindível.