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Semana de moda de NY se veste de vermelho contra doenças cardíacas

13/02/2009 20h44

Elena Moreno.

Nova York, 13 fev (EFE).- A semana de moda de Nova York começou nesta sexta-feira (13) sua edição Outono-Inverno 2009 com o desfile The Heart Truth's Red Dress Collection 2009, parte de uma campanha para estimular as mulheres a prevenir as doenças do coração.

FOTOS: Veja looks do desfile The Heart Truth's Red Dress Collection

AFP

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Famosas se uniram na passarela da semana de NY para alertar mulheres sobre os riscos das doenças no coração



Por uma boa causa, jornalistas, modelos, atletas e atrizes como Patricia Arquette (da série "Medium") e Lynda Carter (a Mulher-Maravilha dos anos 80) desfilaram roupas vermelhas assinadas por estilistas como Vera Wang, Carolina Herrera e Nicole Miller.

"Quero lembrá-los de que as doenças cardíacas matam as mulheres mais do que qualquer câncer. É um dado que eu não conhecia e é bom saber dele para nos mantermos saudáveis e cuidarmos dos outros, sobretudo a mulher latina, que se preocupa com família. Se uma pessoa não está bem, não pode cuidar de ninguém", disse à Agência Efe a ex-modelo cubana Daisy Fuentes, pouco antes de desfilar com uma criação de Pamela Rolland.

Os organizadores da campanha, direcionada a mulheres de 40 a 60 anos, as que mais sofrem de doenças cardíacas, aproveitaram a visibilidade da semana de moda nova-iorquina para lançar a mensagem de que "nunca é cedo nem tarde demais" para evitar riscos.

Nos espaços reservados para o evento, que tem como sede o famoso Bryant Park, a poucos metros da Times Square, serão apresentadas, até 20 de fevereiro, as coleções de 64 estilistas, dentre eles os brasileiros Francisco Costa (Calvin Klein), Carlos Miele e Alexandre Herchcovitch.

Este ano, no entanto, os desfiles estarão marcados pela austeridade, dada a crise econômica mundial. E um dos primeiros apresentar sua coleção foi o cubano Alvin Valley, que mostrou roupas sóbrias, inspiradas na mulher britânica das décadas de 30 e 40.

Abusando das cores neutras, dos beges e dos tons escuros, pontuados por peças em verde-água, o estilista levou à passarela criações em chifon, seda e gaze, que tiveram como destaque calças impecavelmente cortadas e blusas de frente única.

"É preciso ser persistente e ter muita criatividade para chegar à clientela, porque as pessoas estão com muito medo de investir seu dinheiro, embora não o tenham perdido", disse Valley, segundo quem suas roupas agora estão em menos pontos de venda, embora já tenham chegado a Londres e aportarão em Dubai nas próximas semanas.

Outro estilista que apresentou sua coleção prêt-à-porter nesta sexta-feira foi o francês Max Azria, da grife BCBG.

"Nesta coleção, vemos uma silhueta feminina completamente nova. Minha inspiração foi a mulher européia dos anos 20 e 30 adaptada a um estilo futurista", disse à Efe o francês, que definiu sua apresentação como "muito geométrica e drapeada", com um grande mix de tecidos.

Um estreante na passarela nova-iorquina, mas não no Bryant Park, o espanhol David Delfín apresenta ainda hoje a coleção "Revelations", com 36 desenhos, 20 deles femininos, dedicados à fotógrafa americana Diane Arbus (1923-1971).

"É uma de minhas artistas favoritas. Foi o motor de todo este trabalho, porque me sinto muito identificado com seu pensamento e sua visão da realidade", declarou.

Ao longo da próxima semana, também se apresentarão em Nova York nomes já consagrados do mundo da moda, como Carolina Herrera, Narciso Rodríguez, Donna Karan e Ralph Lauren.

Os brasileiros, por sua vez, desfilarão nos dias 16 (Carlos Miele), 18 (Alexandre Herchcovitch) e 19 (Francisco Costa, pela Calvin Klein).