Testemunhas negam que Galliano tenha proferido insultos antissemitas
Paris, 1 mar (EFE).- O estilista britânico John Galliano não teria proferido insultos antissemitas contra os clientes de um bar parisiense enquanto estava embriagado, segundo os depoimentos que testemunhas deram à Polícia, relatam nesta terça-feira (1º) veículos de imprensa franceses.
Uma fonte da Justiça explicou ao jornal "Le Parisien" que duas pessoas "completamente alheias ao entorno dos litigantes e do suspeito" reconheceram que Galliano insultou um dos clientes por sua origem asiática, embora não tenha feito referências antissemitas.
No final da discussão com o casal que abriu queixa contra o estilista, o homem "tentou atirar uma cadeira em Galliano" e este "proferiu insultos por suas origens asiáticas", indica o jornal a partir do relato das testemunhas.
O depoimento aconteceu enquanto circulava pela internet um vídeo publicado pelo tablóide britânico "The Sun", no qual se vê Galliano dizer que ama Hitler. A gravação foi obtida por outros clientes no mesmo bar La Perle, do bairro do Marrais, em Paris, em dezembro de 2010.
"Eu amo Hitles", diz o guru da moda, visivelmente alcoolizado em um vídeo no qual provoca uma cliente do bar: "As pessoas como você estariam mortas".
Nesta segunda-feira, após o comparecimento de Galliano, 50, e das testemunhas na Polícia, a Promotoria pediu que fossem realizadas mais investigações antes de levar o caso à Justiça.
Enquanto isso, a Dior - que suspendeu Galliano - mantém o desfile concebido pelo britânico e previsto para esta sexta-feira, durante a semana da moda de Paris, bem como o de sua própria grife, John Galliano, que acontecerá no próximo domingo.
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