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Loulou de la Falaise, musa do estilista Yves Saint Laurent, morre aos 63 anos

O estilista Yves Saint-Laurent com as modelos Betty Catroux (à esquerda) e Loulou da la Falaise, nos anos 70 - Associated Press- AP
O estilista Yves Saint-Laurent com as modelos Betty Catroux (à esquerda) e Loulou da la Falaise, nos anos 70 Imagem: Associated Press- AP

05/11/2011 16h16

Paris, 5 nov (EFE).- A modelo e designer britânica Loulou de la Falaise, musa do estilista francês Yves Saint Laurent, morreu neste sábado aos 63 anos após enfrentar um longo período com problemas de saúde, informa a Fundação Pierre Bergé-YSL em comunicado emitido neste sábado.

Sua história com o famoso estilista começou em 1968, quando se conheceram em Paris através de um amigo em comum. Quatro anos depois, Loulou começou a trabalhar para ele, se transformando em uma de suas colaboradoras mais próximas, encarregada da criação de chapéus e joias.

"Seu verdadeiro talento, além de suas qualidades profissionais incontestáveis, é o encantamento. O dom da delicadeza, misturado com a intensidade irretocável de seu olhar sobre a moda. Sua presença ao meu lado é um sonho", disse Loulou certa vez sobre o estilista.

A Fundação expressa sua "imensa tristeza" pela morte de Loulou, que lançou sua própria linha de joias em 2002, mesmo ano em que YSL encerrou sua carreira como estilista. Em 2007, a britânica começou a desenhar joias para o designer Oscar de la Renta.

YSL morreu em junho de 2008, mas sua amizade com Da Falaise foi transcendental. Em 2011 ela criou uma linha de joias para a loja do jardim Majorelle de Marrakech, onde foram depositadas as cinzas do estilista, e também curadora da exposição "Saint Laurent Rive Gauche: la révolution de la mode".

O estilista foi padrinho de sua filha Anna, com Thadée Klossowski, filho do pintor Balthus, e com quem formava um casal que, segundo a jornalista e escritora Alicia Drake, "personificava a fantasia parisiense dos anos 1970, a vida artística, moda, elegância, beleza, juventude e excesso".

Loulou, nascida na Inglaterra em 1948, considerava essencial reinventar-se, diz a nota, que destaca sua educação em diversos internatos ingleses e suíços, antes de aproveitar o movimento Swinging London nos anos 1970 na capital londrina, centro da então "cultura pop e das novas tendências".