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Marcas querem streetwear de volta à moda em NY

Por Christine Kearney

18/09/2009 15h46

NOVA YORK (Reuters) - Os jeans baggy e as amplas camisetas costumavam estar por todo canto, das ruas da cidade às passarelas, mas hoje em dia as marcas urbanas e esportivas buscam criar novos looks.

  • Reuters

    Coleção da marca de hip hop Baby Phat apostou em shorts na semana de moda de Nova York


As marcas urbanas, tradicionalmente inspiradas pela cultura jovem das cidades e pela música underground, dizem querer revigorar o look streetwear que se tornou muito comum, corporativo e excessivo com marcas de estrelas da música como Sean "Diddy" Combs e Jay-Z.

"O streetwear perdeu o seu foco ao longo dos últimos cinco ou seis anos porque se tornou essa forma genérica de se vestir," disse a estilista de 33 anos Gerlan Marcel, da Gerlan Jeans, que lançou uma coleção com estampas coloridas com chicletes no ano passado em Nova York. "Alguns de nós estamos agora tentando fazer coisas fundamentalmente diferentes."

Na Semana de Moda de Nova York, a marca hip hop Baby Phat apresentou shortinhos de brim e biquínis dourados, voltados para consumidores mais jovens e fashionistas, disse a fundadora Kimora Lee Simmons.

"Meu estilo agora é chic fashion, do mesmo jeito que é hip-hop e rock-and-roll," afirmou Simmons, ex-modelo que lançou a marca com o seu ex-marido Russell Simmons, do selo de música hip hop Def Jam.

Outras marcas urbanas reformularam suas imagens dos dias em que tudo era grande e solto. Tommy Hilfiger, por exemplo, está retornando às suas raízes de "mauricinho," disse o diretor executivo Fred Gehring. "Houve um fenômeno de uma abordagem urbana específica às roupas, com a forma de se vestir com um tamanho de roupa muito maior. Algo que talvez seis ou sete anos atrás a companhia produzia muito," disse ele. "E esse foi um desvio do que a marca é originalmente."

Mas as calças jeans --peça básica do streetwear com vendas estáveis na recessão dos EUA-- permanecem vendendo bem, dizem os estilistas. "Nós podemos baixar nossos preços, mas também sermos espertos no mercado e fazer coisas que ainda são interessantes para os varejistas," disse Patrick Kraaijeveld, da companhia de jeans holandesa G-Star, que se voltou com sucesso aos mercados emergentes da moda de fora da Europa Ocidental.