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Mineiros apostam em bijuterias extravagantes para o Inverno 2012

Modelo posa com look da coleção de Inverno 2012 da Mary Design, em apresentação no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte (MG) - Agência Fotosite
Modelo posa com look da coleção de Inverno 2012 da Mary Design, em apresentação no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte (MG) Imagem: Agência Fotosite

JULIA GUGLIELMETTI

Enviada especial a Belo Horizonte*

27/10/2011 15h52

O primeiro dia do Minas Trend Preview foi marcado pelas bijuterias. Estavam refletidas nelas a principal característica da semana de moda mineira: a valorização do regional e do trabalho artesanal.

Abrindo o evento, a marca Mary Design apresentou sua coleção no Museu de Artes e Ofícios, onde era a Estação Central de Belo Horizonte (MG). Em vez de um desfile convencional, a designer montou uma exposição, chamada de “Por um fio”, com modelos posando como obras de arte vivas. 

 

Com um resultado visual repleto de informações, a marca apresentou uma miscelânea de cores, texturas e formas, onde as bijuterias se misturavam às roupas, aos acessórios de styling e às peças do cenário, tudo amarrado por muito artesanato em uma linguagem “maximalista”.

Em parceria com a artesã Nara Terra, Mary mostrou peças conceituais que refletem o verdadeiro DNA mineiro. A designer aposta no “feito à mão” com franjas, flores, fuxicos, macramê, crochê, linhas e restos de tecido que ganham forma ao serem amarrados e contorcidos no pescoço de modelos em uma coleção com peças imponentes, sem nenhum tipo de preocupação com a discrição, mas que gerou desejo no público presente.

Na mesma linha “rococó mineiro”, Claudia Arbex apresentou sua coleção de colares, pulseiras, anéis e brincos grandes onde as miçangas e correntes foram os protagonistas. Diferentemente da apresentação da Mary Design, onde a linguagem visual era poluída, aqui as modelos usaram vestidos beges longos, deixando uma base neutra para mostrar as bijuterias como ponto focal do look.

As referências da designer passaram pelo período medieval, pelo rock e pela casa francesa Chanel, o que a permitiu mesclar pequenos espetos a perolas. As cores eram neutras, o preto foi combinado às tonalidades peroladas e ao dourado, deixando espaço para as formas aparecerem em colares que praticamente se tornaram peças de roupa. 

*A repórter viajou a convite da organização do evento