Pesquisadores criam roupa antimalária que repele mosquitos e não compromete o visual
Um cientista da Universidade Cornell do Quênia e uma estilista de Gâmbia desenvolveram um maiô roxo e dourado com capuz que repele os mosquitos transmissores de malária, mas sem comprometer o visual. A peça - que pode ajudar a combater uma doença que mata cerca de 650 mil pessoas na África anualmente - é impregnada de partículas nano de inseticidas que não se dissipam com facilidade pois, segundo os criadores, as ligações moleculares no tecido são quase impossíveis de quebrar.
Segundo Frederick Ochanda, em outras tecnologias usadas até então, o inseticida desaparece após seis meses. Com sua descoberta, a proteção é duradora e a fibra de tecido pode ter até três vezes mais veneno, o que a torna mais eficaz.
Com o tecido desenvolvido por Ochanda, a estilista Matilda Ceesay pode criar seis peças, sendo que o maiô estreou na passarela da Cornell Fashion Collective em abril. Para a designer, a peça "explora e moderniza as tradicionais silhuetas e tecidos africanos, unindo a força e sensualidade da mulher moderna".
Agora a dupla planeja a criação de um tecido que libere inseticida de acordo com a variação climática e de luz, aumentando a proteção durante a noite, horário que os mosquitos costumam picar. Eles também esperam que suas ideias possam servir como protótipos para impulsionar novas tecnologias para conter a propagação da malária. "Espero que o meu projeto possa mostrar que é possível reunir moda e ciência e inspire outros a continuar a melhorar a tecnologia. Se um estudante da Universidade de Cornell pode fazer isso, imagine o quão longe pode ir", diz Ceesay.
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