Topo

Paranaense vence concurso que descobriu Gisele; veja dicas para a carreira

A paranaense Hana Scarlett, de 15 anos, foi a vencedora do concurso The Look of the Year 2013 - Marcos Duarte/Divulgação
A paranaense Hana Scarlett, de 15 anos, foi a vencedora do concurso The Look of the Year 2013 Imagem: Marcos Duarte/Divulgação

Fernanda Schimidt

Do UOL, em São Paulo

06/12/2013 14h38

A paranaense Hana Scarlett, de Rolândia, foi a vencedora do concurso The Look of the Year, que realizou sua etapa final na noite desta quinta-feira (5) em festa no Morumbi, em São Paulo.

A jovem de 15 anos e 1,75m foi selecionada dentre 25 finalistas e assinará contrato de R$ 100 mil em trabalhos com a agência Joy. A primeira colocada foi seguida pela conterrânea Ana Lígia Qualho, de Iporã, e pela gaúcha Sophia Bordignon, de Paraí, respectivamente no 2º e 3º lugar.

Foi no The Look of the Year, em 1994, que a übermodel Gisele Bündchen começou a despontar na carreira. O concurso, criado mundialmente por John Casablancas, ficou na geladeira durante quase duas décadas no Brasil até ser retomado por Liliana Gomes, sócia da Joy e que esteve envolvida em sua organização desde 1989.

“O mercado está esperando as 'próximas Giseles', está precisando. Faz anos que não temos um grande nome. O Brasil está carente de meninas que são tops e vão até o final”, explica Liliana, que vê as brasileiras como futura bola da vez no exterior.

Personalidade é diferencial

Segundo Liliana, existe uma concepção falha de que toda menina alta e bonita será automaticamente modelo de sucesso. “O mercado pede muita personalidade”, diz. Ela acredita que hoje em dia é muito mais difícil atingir uma carreira estável, não apenas pela concorrência de novas meninas. “Como tem o Photoshop, que corrige os defeitos, as grandes modelos ficam mais velhas, mas não saem mais de moda”, explica.

Para a especialista, a personalidade difícil é um dos principais problemas das brasileiras quando chegam ao exterior. “Elas são muito mal acostumadas, porque a vida no Brasil é boa, e fora se exige muita disciplina e tem muita concorrência. Meninas que trabalham muito, como Gisele e Isabeli [Fontana] são resultado de muita dedicação”, conta.

Liliana alerta que o mundo digital traz ainda outras armadilhas, como o excesso de informações disponíveis sobre a vida pessoal das jovens. “Tem que tomar muito cuidado com o que se coloca no Facebook, todo mundo sabe de tudo e tudo o que acontece em volta delas faz parte de seu produto”, diz. E é neste pacote -- beleza, personalidade e conduta -- que as marcas estão de olho ao escolher atrelar seu nome a esta ou aquela modelo.

  • Divulgação

    Ana Lígia (esq.) e Sophia ficaram com o 2º e 3º lugar, respectivamente, no concurso de modelos The Look of The Year 2013

Invista no inglês

Se anos atrás não falar inglês era motivo de dor de cabeça para as iniciantes em suas primeiras viagens ao exterior, hoje em dia isso deixou de acontecer. “É um impedimento. As agências não levam mais quem não fala inglês”, afirma Liliana.

Ela mostra indignação com o despreparo da maioria das meninas em relação ao idioma, em especial “às que têm aula na escola ou particular e não sabem falar”. “A mim me surpreende, porque hoje, na internet, você não participa de nada sem o inglês. Não é mais uma segunda língua, é questão de estar alfabetizado ou não. É a língua da comunicação”, afirma.

Procure uma agência

Quem acha que tem potencial e sonha na carreira de modelo deve procurar uma agência mais próxima da sua cidade. Segundo Liliana, lá, os profissionais já saberão dizer se você leva jeito para a coisa.

“Trabalhe localmente, que é onde estão os clientes mais comerciais, mas veja também se está de acordo com as meninas de perfil fashion”, explica ela, que indica sites como o Models.com ótimas fontes para informações sobre a profissão e perfis que estão em alta no mercado.