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Modelo albina vence preconceito com sua aparência: "Não é show de horrores"

A modelo Diandra Forrest com a filha, Rain - Reprodução/instagram.com/diandraforrest/
A modelo Diandra Forrest com a filha, Rain Imagem: Reprodução/instagram.com/diandraforrest/

Do UOL

15/02/2017 12h29

A modelo Diandra Forrest se destaca em qualquer passarela. Estrela de diversas campanhas publicitárias e de clipes da cantora Beyoncé, como "Pretty Hurt" e "XO", a norte-americana de 28 anos é também uma ativista procurando dar maior visibilidade para as pessoas que sofrem de albinismo.

O albinismo, distúrbio congênito raro que atinge uma em cada 17 mil pessoas no mundo, é caracterizado pela ausência de pigmentos na pele, cabelos e olhos. Diandra, fiha de um casal afro-americano, é pálida e loira - ela e seu irmão nasceram com a condição genética. 

"Muitos amigos dos meus irmãos perguntavam se eu era adotada", ela explicou em um vídeo para uma campanha das Nações Unidas sobre o albinismo. "Eu não era bem-vinda por causa do modo como eu era. Na escola, ou andando com a minha mãe, sempre havia algum adulto que olhava para mim e para meu irmão e começava a rir. Não conseguia compreender o motivo." 

Diandra Forrest em desfile na Semana de Moda de Nova York - Reprodução/diandraforrest.com - Reprodução/diandraforrest.com
Diandra Forrest em desfile na Semana de Moda de Nova York
Imagem: Reprodução/diandraforrest.com

Apelidada de Gasparzinho pelos colegas de escola e de bairro, Diandra encontrou refúgio no New York Institute for Special Education, onde passou a conviver com pessoas na mesma situação que ela. Ela se tornou a primeira pessoa com albinismo a ser contratada por uma grande agência de modelos nos Estados Unidos e se tornou uma porta-voz da causa.

"Mesmo na indústria da moda, somos vistos como algo extraterrestre, não uma 'beleza de verdade', seja lá o que isso signifique," Diandra explica. Sua participação na campanha das Nações Unidas é uma maneira de ressaltar o fato de que, embora diferente, ela não se resume à sua condição genética. "Isso pode ser divertido e pode entreter, mas não deve ser um show de horrores", conclui.