Exibição de Madame Grès em Paris é ode à moda do drapeado
PARIS, 8 de julho (Reuters Life!) - Uma dobra é apenas uma dobra -- a não ser, é claro, que seu nome seja Madame Grès.
Para a celebrada estilista, que pregueou e drapeou o caminho de sua carreira de meio século no mundo da moda, a arte de dobrar tecidos meticulosamente sobre o corpo para criar formas esculpidas levaram a técnica a arte.
A estilista francesa Madame Grès (1903-1993), cujo trabalho é relembrado em exposição no Bourdelle Museum em Paris. Foto tirada em 28 de janeiro de 1988
Cerca de 80 criações da artista, que morreu em 1993, estão em exibição na capital francesa. A coleção, selecionada dos arquivos temporariamente fechados da Musée Galliera da moda, é a primeira retrospectiva dessa lendária parisiense cuja marca registrada é o turbante de angorá, e a quem estilistas da moda contemporânea devem muito.
Em um exemplo estonteante, seda em um laranja elétrico é drapeada em centenas de minúsculas dobraduras em três camadas, acentuadas com um laço marrom no vestido de 1977, que é ao mesmo tempo contemporâneo e clássico.
Em outra sala, sete vestidos brancos dos anos 1950 aos 1970 oferecem versatilidade dentro de um tema comum. Os vestidos variam de uma modesta simplicidade grega a um estilo de vanguarda.
No momento em que os desfiles da Alta-costura chegam ao fim em Paris -- a concorrência no universo da moda em que estilistas de ponta lutam para superar os rivais com crescente luxo e glamour -- a exposição oferece uma rara visão da estilista do século 20 para quem a simplicidade e a perfeição, mais do que a ostentação, foram os objetivos de uma vida.
Vestidos da francesa Madame Grès (1903-1993) expostos no Bourdelle Museum em Paris durante mostra dedicada à estilista francesa famosa por seus plissados e pregueados
"A perfeição é um dos objetivos que estou buscando", disse Grès certa vez. "Para que um vestido sobreviva de uma era para a próxima, ele deve ser marcado por uma extrema pureza."
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